Obrigaram-na a casar com um homem pobre porque era adotada – se ao menos soubessem que ele era bilionário!

Obrigaram-na a casar com um homem pobre porque era adotada – se ao menos soubessem que ele era bilionário!

Erica era uma órfã adotada por um casal bondoso, Michelle e Obasi. Durante anos, ela viveu em paz, sentindo-se amada como se fosse filha deles, mas tudo mudou quando Michelle deu à luz milagrosamente duas filhas, Sharon e Kiara. A vida de Erica foi virada de cabeça para baixo após o trágico acidente de Obasi, levando a descobertas chocantes, traições e uma luta pela sobrevivência. Esta é uma história de dor, ciúme, engano e uma reviravolta inesperada que muda tudo.

A primeira vez que Erica pôs os pés na casa de Michelle e Obasi, ela não tinha nada além de uma pequena sacola de roupas e um coração cheio de medo. O mundo tinha sido cruel com ela, mas este casal era diferente. “Você está segura aqui,” disse Obasi, acariciando a cabeça dela gentilmente. “Esta é a sua casa agora.” Michelle sorriu, colocando um prato de arroz Jollof quente na frente dela. “Coma, querida, você deve estar faminta.” Erica hesitou, olhando para a comida e depois para os rostos calorosos deles. Ninguém nunca tinha cuidado dela assim antes. Os olhos dela se encheram de lágrimas enquanto ela dava sua primeira mordida.

Os dias se transformaram em meses e Erica começou a se sentir parte da família. Obasi a levava para a escola e comprava pequenos presentes. Michelle ensinou-a a cozinhar, a fazer tranças no cabelo e a dobrar as roupas corretamente. Erica começou a sorrir novamente, algo que ela tinha esquecido como se fazia. “Pai,” ela chamou Obasi um dia sem pensar. Obasi riu e a abraçou forte: “Minha filha.” A vida era boa, boa demais. Mas a felicidade tem o seu jeito de desaparecer quando você menos espera.

Três anos depois, algo aconteceu que mudou o mundo de Erica para sempre: Michelle engravidou. No início, Erica estava empolgada – um bebê, um irmãozinho ou irmãzinha. Ela observou a barriga de Michelle crescer, sentiu o bebê chutar e ouviu os adultos falarem sobre nomes. “Se for menino, vamos chamá-lo de Emanuel,” disse Obasi, orgulhoso. “E se for menina?” perguntou Erica. Michelle e Obasi trocaram olhares. “Sharon ou Kiara,” disse Michelle, finalmente.

Então, uma noite, enquanto Erica brincava lá fora, ela ouviu um grito. Ela correu para dentro e viu Michelle suando e gemendo. Obasi a levou às pressas para o hospital e Erica esperou em casa, com o coração palpitando. Horas depois, Obasi voltou, o rosto radiante de alegria. “São duas meninas! Gêmeas!” Erica bateu palmas empolgada, mas algo nos olhos de Obasi a fez hesitar. Ele estava feliz, sim, mas algo tinha mudado. Erica sentiu isso no fundo dos seus ossos.

Com o passar dos dias, Erica percebeu a mudança. Michelle estava muito ocupada com os bebês, e Obasi passava mais tempo no trabalho. A casa que antes parecia um abraço caloroso agora parecia diferente. Uma noite, Erica bateu na porta de Michelle. “Mãe, você pode me ajudar com o dever de casa?” Michelle, segurando Sharon em um braço e embalando Kiara no outro, suspirou. “Agora não, Erica, vá ler sozinha.” Erica piscou. Michelle nunca a tinha rejeitado antes. Então veio a primeira dor real.

Certa tarde, Obasi voltou para casa com presentes. O coração de Erica se encheu de alegria, talvez ele tivesse comprado algo para ela também. Mas enquanto ele desfazia as sacolas, havia apenas brinquedos e roupas para as gêmeas. Erica forçou um sorriso. “Pai, o senhor trouxe algo para mim?” Obasi parou, depois acariciou a cabeça dela. “Na próxima vez, querida. Na próxima vez.” Erica engoliu o nó na garganta. Ela disse a si mesma que estava tudo bem, mas no fundo, algo lhe sussurrou: Seu lugar nesta casa está mudando. E ela estava certa.

A manhã começou como todas as outras. Obasi beijou Michelle para se despedir e deu um tapinha divertido na cabeça de Erica antes de sair para o trabalho. Erica olhou pela janela, sorrindo. Naquela tarde, uma forte batida na porta assustou Michelle. Quando ela abriu, dois policiais estavam parados, com os rostos sérios. “Senhora, houve um acidente. Seu marido… ele não resistiu.” Michelle soltou um grito tão lancinante que o coração de Erica quase parou. Ela correu para Michelle, confusa. “Mãe, o que aconteceu? Onde está o pai?” Michelle agarrou os ombros de Erica, sacudindo-a. “Ele se foi! Ele se foi!” A voz dela falhou enquanto ela caía no chão. Erica ficou parada, suas mãozinhas tremendo. Obasi se foi? Isso não fazia sentido. Ele tinha acabado de sair de casa naquela manhã. Ele tinha sorrido para ela. Como ele poderia ter ido embora?

A partir daquele momento, tudo mudou.

22 anos se passaram desde a morte de Obasi. Erica, Sharon e Kiara cresceram juntas, mas as coisas nunca mais foram as mesmas após o falecimento de Obasi. Certa noite, Sharon e Kiara estavam procurando velhos papéis da família quando se depararam com um documento de adoção. O nome de Erica estava nele. Sharon levantou o papel, com os olhos arregalados. “O que é isto?” Linda o tirou da mão dela. “Adotada! Erica não é nossa verdadeira irmã.” A sala caiu em silêncio. A verdade as atingiu como um trovão.

Naquela noite, no jantar, Sharon deixou o papel cair na mesa na frente de Michelle. “Explique-me isto, mãe.” As mãos de Michelle tremeram enquanto ela pegava o documento. “Onde vocês o encontraram?” “Então é verdade,” Kiara disparou. “Ela não é do nosso sangue.” Michelle suspirou. “Erica foi adotada antes de vocês nascerem. O pai de vocês a amava como se fosse dele.” O coração de Erica estava disparado. Ela sempre se sentiu diferente, mas ouvir a confirmação doeu mais do que ela esperava.

A partir daquele dia, nada mais foi o mesmo. Sharon e Kiara mudaram da noite para o dia. Elas não chamavam mais Erica de “irmã”. Falavam com ela com palavras frias e cortantes. “Você não é uma de nós,” Sharon bufou certa manhã. Kiara riu. “Não admira que o papai gostasse mais de você. Você era só um caso de caridade.” Erica tentou ignorá-las, mas Michelle também se tornou distante. Sua mãe, antes amorosa, começou a tratá-la como uma estranha.

Uma noite, Erica entrou na sala de estar e viu Michelle sentada com Sharon e Kiara sussurrando. Michelle olhou para cima e suspirou. “Erica, talvez seja hora de você começar a pensar em sair.” A garganta de Erica se apertou. “Sair? Mãe, por quê?” Michelle desviou o olhar. “Você cresceu agora. Você deveria encontrar o seu próprio caminho.” Erica sentiu como se as paredes estivessem se fechando sobre ela. A casa que antes lhe dava conforto agora tinha se tornado um lugar de dor. Ela não tinha para onde ir. Ela não estava mais segura na sua própria casa.

Erica sentia, a maneira como Michelle a olhava agora, a maneira como falava com ela. Não era a mesma. Antes era gentil, carinhosa. Agora, cada pequena coisa que Erica fazia parecia incomodá-la. “Por que você está parada aí como uma estátua?” Michelle disparou uma noite quando Erica hesitou antes de lhe entregar um copo d’água. “Eu tenho que me repetir antes de você se mover?” Erica rapidamente deu o copo a ela, evitando o olhar dela. Ela não entendia, estava fazendo algo errado?

As coisas pioraram quando Sharon e Linda estavam por perto. Toda manhã, Erica acordava antes das gêmeas. Ela varria, esfregava o chão, lavava as roupas delas e preparava o café da manhã delas. Michelle não fazia mais nada, e as gêmeas também não. “Certifique-se de esfregar bem o chão,” Michelle a lembrou um dia. “Eu não quero ver uma única mancha.” Enquanto Erica esfregava, Sharon passou por ela e chutou um copo d’água no chão. “Ops,” ela disse, rindo. “Limpe isso também.” Kiara bateu palmas. “A mamãe diz que você tem que trabalhar duro se quiser ficar nesta casa.” Erica mordeu o lábio, segurando as lágrimas. Ela não respondeu. Qual era o sentido?

Sempre que Erica pensava que as coisas não podiam piorar, elas pioravam. Uma noite, enquanto ela estava deitada em seu pequeno colchão no canto do quarto, a voz de Michelle ecoou em seus ouvidos: “Talvez seja hora de você começar a pensar em sair.” Erica olhou para o teto, com o coração pesado. Para onde ela iria?

A hora do jantar era sempre um lembrete doloroso de que Erica não pertencia mais. Ela colocava a comida na mesa, arrumando cuidadosamente os pratos. Michelle sentava na cabeceira da mesa enquanto Sharon e Kiara riam, sussurrando uma para a outra. “Erica, traga a sopa,” Sharon ordenou, sem sequer olhar para ela. Erica rapidamente pegou a sopa da panela fervente, colocando-a suavemente na mesa. Assim que ela se virou para sair, Kiara sorriu com escárnio. “Por que você está parada aí? Sirva-nos.” As mãos de Erica tremeram enquanto ela despejava a sopa nas tigelas delas.

Quando ela chegou a Sharon, Sharon puxou o prato para trás. “Eu disse que queria tanto? Diminua a quantidade.” Erica obedeceu em silêncio, tentando manter a calma. Ela se moveu para Kiara, mas Kiara estalou a língua. “Você lavou as mãos? Eu não quero suas mãos sujas perto da minha comida.” Sharon caiu na gargalhada. “Ela deveria comer na cozinha, ela não pertence a esta mesa.” Erica engoliu em seco. Michelle não disse nada. Ela nem olhou na direção de Erica. A mensagem era clara. Erica estava sendo ignorada, apenas uma serva na sua própria casa.

Com a cabeça baixa, Erica pegou seu prato e foi para a cozinha. Ela se sentou no chão frio e velho, comendo sozinha enquanto as risadas delas ecoavam pela sala de jantar.

Na manhã seguinte, Michelle chamou Erica para a sala. Ela entregou algumas notas de Naira a Erica. “Pegue este dinheiro e vá ao mercado,” disse Michelle. “Compre as coisas desta lista e não seja negligente. Se você perdê-lo, não comerá por uma semana.” Erica assentiu. Ela escondeu o dinheiro cuidadosamente sob um pano. Ela tinha aprendido há muito tempo a não discutir. Ela saiu para pegar um balde de água para enxaguar uma roupa que Michelle tinha lhe dito para lavar.

Quando ela voltou para onde tinha deixado o pano, ela parou. O coração dela estava batendo forte. O dinheiro tinha sumido. Ela verificou o chão, debaixo da cadeira, atrás da porta. Nada. O pânico a atingiu. Ela procurou novamente, virando cada item que conseguia encontrar. Sharon e Kiara entraram, sorrindo. “O que você está procurando?” perguntou Sharon, com os braços cruzados. “O dinheiro, o dinheiro que a mãe me deu,” Erica gaguejou. Kiara fingiu surpresa. “Oh, não, você perdeu? Ah, você está encrencada.” A respiração de Erica acelerou. “Vocês viram, por favor? Estava bem aqui.” Sharon levantou uma sobrancelha. “Por que você está nos perguntando? Nós tocamos no seu dinheiro? Talvez ele tenha apenas desaparecido,” Linda riu. “Ou talvez você nunca tenha tido dinheiro, para começar.”

Lágrimas vieram aos olhos de Erica. Ela sabia que algo estava errado, mas não tinha provas. E Michelle? Michelle nunca acreditaria nela. “Onde está o meu dinheiro?” A voz de Michelle trovejou pela casa. Erica parou na frente dela, com as mãos cruzadas. “Mãe, eu não sei o que aconteceu. Eu o deixei bem ali. Eu…” O tapa de Michelle veio tão rápido que Erica mal conseguiu vê-lo. A dor queimou sua bochecha. “Então você está me chamando de estúpida?” Helen disparou. “Você perdeu meu dinheiro e agora quer mentir!” “Eu não estou mentindo, eu juro,” Erica implorou, com a voz trêmula.

Sharon e Kiara ficaram no canto, observando a cena com diversão. Michelle se virou para elas. “Alguma de vocês viu o dinheiro?” “Não, mãe,” disse Sharon docemente. “Talvez Erica apenas o tenha extraviado.” Kara assentiu. “Ou talvez ela o tenha usado para comprar algo para si mesma.” Michelle se virou para Erica novamente, os olhos em brasa. “Você não comerá por uma semana. Talvez a fome lhe ensine uma lição.” O estômago de Erica se contorceu. Ela queria gritar, revidar, dizer a Michelle para checar as coisas de Sharon e Kiara, mas de que adiantaria? Michelle não acreditaria nela.

Enquanto ela se afastava, Sharon sussurrou: “Boa sorte para sobreviver à semana.” Kiara riu. “Na próxima vez, seja mais cuidadosa.” Erica sentiu as paredes da casa se fecharem sobre ela. Ela perdeu a pouca segurança que lhe restava, e pela primeira vez percebeu que estava realmente sozinha.

Erica tinha uma forte sensação de que Sharon tinha pegado o dinheiro, mas ela não tinha provas. Ela decidiu enfrentar Michelle de qualquer maneira. “Mãe, eu acho que a Sharon pegou o dinheiro,” Erica disse hesitantemente. Michelle se virou para ela, o rosto contorcido de raiva. “Então agora você está acusando sua irmã? Como se atreve?” “Mas mãe, eu…” Antes que Erica pudesse terminar, Michelle levantou a mão novamente. Erica recuou, preparando-se para outro tapa. “Você é ingrata! Depois de tudo que fiz por você, você se atreve a abrir a boca para insultar minha filha? Se você mencionar isso de novo, você vai se arrepender!” Erica abaixou a cabeça, piscando para afastar as lágrimas. Ela não tinha ninguém do seu lado.

Uma noite, enquanto ia buscar água, Erica conheceu Kelvin. Ele estava bem vestido e tinha um sorriso caloroso. “Olá,” ele disse. “Você parece precisar de uma amiga.” Erica hesitou. Ninguém tinha falado gentilmente com ela em muito tempo. “Eu sou Kelvin,” ele continuou. “E você é…” “Erica,” ela disse baixinho. Eles conversaram por um tempo e, pela primeira vez em séculos, Erica se sentiu ouvida. Ela poderia realmente confiar nele?

Sharon percebeu Erica conversando com Amobi e seus olhos se estreitaram de ciúme. “Quem ela pensa que é?” Sharon sibilou. Kara sorriu. “Não se preocupe. Nós vamos garantir que ele perca o interesse nela.” Elas começaram a conspirar, determinadas a tirar Amobi de Erica.

Michelle observava Amobi de perto. Ela tinha notado como os olhos dele se iluminavam sempre que via Erica. Um jovem rico como ele perdendo tempo com uma inútil? Michelle não permitiria. Certa tarde, quando Amobi estava chegando em casa para visitar Erica, Michelle o interceptou no portão. “Amobi, meu filho,” ela disse, forçando um sorriso. “Eu queria falar com você sobre algo importante.” Amobi parou. “Sim, senhora. Há algo errado?” Michelle suspirou, balançando a cabeça como se estivesse sobrecarregada por uma profunda tristeza. “É sobre Erica. Eu vejo que você se importa com ela e, como mãe dela, sinto que devo ser honesta com você.” Amobi franziu a testa. “Honesta sobre o quê?” Michelle se inclinou levemente. “Ela está noiva.” O rosto de Amobi endureceu. “Noiva de quem?” “Um jovem chamado Austin, um agente de segurança esforçado,” Michelle disse docemente. “Eles estão planejando o casamento. Eu não queria que você perdesse seu tempo.” O maxilar de Amobi se apertou. Ele deu um passo para trás. “Ela nunca mencionou isso.” Michelle suspirou novamente. “Talvez ela não soubesse como te dizer. Eu não queria que você descobrisse tarde demais e ficasse de coração partido. Espero que você entenda.” Amobi forçou um sorriso. “Eu entendo. Obrigado por me dizer, senhora.” Enquanto ele se virava para sair, Michelle sorriu. Ela tinha feito o que precisava ser feito.

Dentro de casa, Erica esperava por Amobi, mas ele nunca veio. Naquela noite, Michelle chamou Erica para o quarto dela. Sharon e Kiara estavam por perto, fingindo desinteresse, mas o sorriso delas dizia o contrário. “Erica, você não é mais uma criança,” Michelle começou, olhando para ela. “É hora de você se estabelecer.” O coração de Erica estava disparado. “Me estabelecer? O que você quer dizer?” Michelle sorriu friamente. “Eu arrangei um encontro para você com um bom homem, Austin. Ele trabalha como agente de segurança. Ele é responsável e está pronto para se casar com você.” O estômago de Erica se contorceu. “Mas… mas eu não quero casar!” Bianca riu com escárnio. “Quem você pensa que é? Você acha que um homem rico virá se casar com você? Aceite o que vier.” Kiara riu. “Exatamente. Ou você quer ficar nesta casa para sempre, comendo comida de graça?” Erica se virou para Michelle, implorando. “Mãe, por favor. Eu não o amo. Eu nem o conheço.” O sorriso de Michelle desapareceu. “Você vai se casar com ele, e pronto. Se você recusar, pode fazer as malas e sair da minha casa esta noite.” As mãos de Erica tremeram. “Para onde eu vou?” Michelle deu de ombros. “Não é meu problema.” Lágrimas encheram os olhos de Erica. Ela olhou para Sharon e Kiara, que a observavam como leões famintos, desfrutando de seu sofrimento. Ela estava presa.

Michelle estava sentada na sala com Sharon, um sorriso astuto pairando em seus lábios. “Um mês,” ela sussurrou. “Nós só temos um mês para garantir que Erica esteja casada e fora desta casa.” Sharon riu. “Ela não tem ideia do que a espera. Austin pensa que ela já está interessada.” Michelle assentiu. “Bom. Eu falei com o pastor hoje. A data do casamento está marcada.” Kiara entrou, ouvindo a conversa. “Mãe, você tem certeza de que isso vai funcionar? E se ela recusar?” Michelle riu. “Ela não tem escolha. Quando ela descobrir, será tarde demais.”

Enquanto isso, Erica estava sentada em seu quarto, olhando para o teto. Algo estava errado. Michelle estava agindo estranhamente, sussurrando com Sharon o tempo todo. Erica teve um mau pressentimento, mas não tinha ideia do que estava por vir.

Uma semana depois, Michelle chamou Erica para a sala de estar. Austin estava sentado lá, com um sorriso confiante. “Sente-se, Erica,” Michelle ordenou. Erica hesitou antes de obedecer. Austin limpou a garganta. “Erica, eu conversei com sua mãe e quero tornar as coisas oficiais. Estou pronto para me casar com você.” O coração de Erica afundou. “Me casar?” Sua voz era apenas um sussurro. “Mas eu nunca concordei com isso.” Michelle deu-lhe um olhar de aviso. “Erica, isso é uma bênção. Austin é um bom homem, você deveria ser grata.” Austin se inclinou para a frente. “Eu vou cuidar de você. Você não terá que se preocupar com nada.” Erica balançou a cabeça. “Eu não amo você. Eu nem te conheço.” Sharon riu. “Como se você tivesse escolha.” Michelle suspirou de frustração. “Se você recusar este casamento, pode fazer as malas e deixar minha casa hoje mesmo e não espere levar nada com você.”

O peito de Erica apertou. Ela estava presa novamente. Olhando para Austin, ela sentiu náuseas. Ele estava sorrindo como se já tivesse vencido. “Então?” Austin perguntou, o tom impaciente. As mãos de Erica se fecharam em punhos. Ela queria gritar, correr, mas para onde ela iria? Ela não tinha para onde, ninguém. Michelle cruzou os braços. “Então, Erica, você aceita ou sai por aquela porta para sempre?” Lágrimas vieram aos seus olhos. Ela olhou para a porta, para o mundo exterior, e depois para Michelle, que nunca a tinha amado de verdade. Ela não tinha escolha. Ela engoliu sua dor e forçou as palavras a sair: “Sim.” Austin sorriu. Michelle bateu palmas. Sharon e Kiara riram. Erica sentiu as paredes se fecharem. Seu destino estava selado.

Erica ficou acordada a noite toda, olhando para o teto. Ela tinha que fazer algo. Ela não podia se casar com Austin, mas o que ela podia fazer? Ela não tinha dinheiro, nem para onde ir. Na manhã seguinte, ela criou coragem e se aproximou de Michelle. “Mãe, por favor,” ela disse, com a voz trêmula. “Eu não posso me casar com Austin. Eu não o amo.” A expressão de Michelle escureceu. “Você ainda está falando sobre isso? Pensei que tivéssemos resolvido.” “Por favor, mãe, não faça isso comigo,” Erica implorou, lágrimas se formando em seus olhos. Michelle cruzou os braços. “Se você não se casar com Austin, você deixará esta casa hoje mesmo sem nada. Sem comida, sem roupas, sem lugar para dormir. Você quer mendigar na rua?” Sharon encostou-se no batente da porta, sorrindo. “Vamos lá, Erica. Vamos ver onde você acaba.” As mãos de Erica tremeram. Ela se virou para Kiara, esperando alguma compaixão. Kiara apenas balançou a cabeça. “Você tem sorte de Austin te querer.” Michelle se aproximou. “Então, o que vai ser? Casar com Austin e ter um lar ou sair e sofrer?” Erica olhou ao redor da sala. Não era mais um lar, mas não havia nada para ela lá fora. Sua voz era apenas um sussurro: “Eu vou me casar com ele.”

Austin a levou para sua casa. Não parecia em nada com a de Michelle. As paredes estavam rachadas, o telhado vazava e o ar estava úmido. “É aqui que vamos morar?” Erica perguntou fracamente. Austin jogou a sacola dela no chão. “O que você esperava, um palácio?” Erica engoliu em seco. “Eu…” Austin riu. “É melhor você se acostumar e começar a cozinhar. Eu não gosto de esposa preguiçosa.” O estômago de Erica se contorceu. Ela olhou ao redor da pequena casa em ruínas. Não havia água corrente, a minúscula cozinha tinha apenas uma panela velha. Ela tinha saído de uma prisão para outra. Naquela noite, ela se deitou em um colchão fino, olhando para o teto. O ar estava denso com desapontamento. Ela tinha pensado que a casa de Michelle era o pior lugar para estar. Ela estava errada.

Certa tarde, Erica estava sentada do lado de fora de sua casinha, lavando roupas em uma bacia enferrujada. O sol escaldava sobre ela e o suor escorria de sua testa. Assim que ela torceu o último pano, ouviu risadas. “Então é aqui que você mora agora?” A voz de Sharon soou zombeteira. Erica olhou para cima e viu Sharon e Kiara paradas perto da entrada, os olhos delas examinando a casa com diversão. Sharon cobriu o nariz dramaticamente. “Ah, que cheiro é esse? Kiara, você consegue respirar?” Kiara riu. “Eu não consigo! Sinto que posso desmaiar. Como ela sobrevive aqui?” Erica cerrou os punhos, mas permaneceu em silêncio. Ela não lhes daria a satisfação de ver sua dor.

Sharon se aproximou, baixando a voz. “Olhe para você. Da nossa casa para esta toca de rato. Eu te disse, Erica, você nunca foi uma de nós.” Kiara assentiu. “Viemos ver como nossa querida irmã está aproveitando sua nova vida, e parece que…” Ela olhou para as paredes rachadas e para a porta de madeira quebrada. “… é pior do que imaginávamos.” A garganta de Erica se apertou. “Por que vocês estão aqui?” ela perguntou baixinho. Sharon sorriu. “Para te lembrar o que você perdeu, e para te dizer que a mamãe está perfeitamente bem sem você.” Kiara cruzou os braços. “Você deveria ter ficado quieta e obedecido. Talvez você ainda estivesse em uma casa confortável em vez deste lixão.” Erica forçou a respiração. “Vocês podem rir o quanto quiserem. Eu posso estar sofrendo, mas pelo menos sou livre.” Sharon riu. “Livre? Olhe para você, lavando roupas do lado de fora como uma empregada. Que tipo de liberdade é essa?” Ambas caíram na gargalhada novamente antes de se virarem para ir embora. “Aproveite sua nova vida, Erica, se é que se pode chamar de vida,” Sharon disse, virando-se. Erica observou-as se afastarem, as risadas delas ecoando em seus ouvidos. Uma lágrima escorreu por sua bochecha, mas ela a enxugou rapidamente. Ela não seria quebrada, não agora.

Os dias se transformaram em semanas e Erica começou a notar coisas estranhas sobre Austin. Ele sempre saía de casa em horários incomuns, voltando com perfumes caros e roupas novas e limpas. Mas sempre que ela pedia dinheiro para comida, ele alegava estar sem dinheiro.

Uma noite, enquanto Erica limpava a pequena sala de estar, um pedaço de papel caiu do bolso da jaqueta de Austin. Ela pegou e leu. Suas mãos começaram a tremer: um extrato bancário. O saldo era mais dinheiro do que ela jamais tinha visto. Bem naquele momento, Austin entrou. Ele viu o papel nas mãos dela e o pegou. “O que você está fazendo?” ele perguntou. Erica deu um passo para trás. “Austin, você disse que não tínhamos dinheiro, mas isto… isto diz o contrário.” O rosto de Austin escureceu. “Cuide da sua própria vida, Erica. Você não precisa saber de onde vem o meu dinheiro.” Erica olhou para ele, a ficha caindo. “Você mentiu. Você não é pobre.” Austin sorriu. “E o que você vai fazer a respeito? Ir embora? Você não tem para onde ir.” Erica sentiu um arrepio. Quem era este homem com quem ela se casou?

Uma noite, Erica não conseguia dormir. Ela se sentou na cama, ouvindo Austin falando baixinho lá fora. A curiosidade a dominou e ela rastejou até a janela. “Tudo está indo como planejado,” Austin estava dizendo a alguém no telefone. “Ela pensa que eu sou apenas um agente de segurança pobre. Ela não tem ideia de quem eu realmente sou.” O coração de Erica estava disparado. Ela pressionou o ouvido mais perto. “Quando for a hora certa, eu vou contar a ela,” Austin continuou. “Ela vai se arrepender de ter duvidado de mim.” Erica se afastou, sua mente girando. Austin tinha agido o tempo todo. Quem ele realmente era?

Na manhã seguinte, ela o confrontou. “Quem é você, Austin? Me diga a verdade.” Austin sorriu lentamente. “Eu sou um empresário, Erica, um muito rico. Eu apenas fingi ser pobre para testar sua lealdade.” O estômago de Erica se contorceu. Tudo tinha sido uma mentira. Austin sorriu novamente. Erica se sentiu presa novamente, mas desta vez em um tipo diferente de prisão.

Austin estacionou seu elegante carro preto em frente à casa de Michelle. Erica estava sentada ao lado dele, o coração batendo forte. Ela não vinha aqui há meses, desde que foi forçada a sair. Agora ela estava voltando, não como uma mendiga, mas como uma mulher com poder. Austin olhou para ela. “Você está pronta?” Erica assentiu lentamente. “Vamos fazer isso.” Eles saíram do carro e foram em direção à porta da frente. Michelle abriu, seu rosto contorcido de confusão. “O que vocês estão fazendo aqui?” ela perguntou friamente. Sharon e Kiara apareceram atrás dela, sorrindo. “Oh, olhe quem resolveu voltar,” Sharon se aproximou. “Você está aqui para implorar por comida?”

Austin sorriu. “Longe disso. Na verdade, viemos compartilhar uma boa notícia.” Michelle cruzou os braços. “Que notícia?” Austin pegou o telefone e lhes mostrou uma foto de sua mansão. “Erica e eu estamos nos mudando para nossa nova casa, e antes que você diga qualquer coisa, sim, é nossa. Ela agora é mais rica do que todas vocês juntas.”

O silêncio encheu o ar. A boca de Michelle se abriu. O sorriso de Sharon desapareceu e Kiara se agarrou ao batente da porta. “Você está mentindo,” Sharon finalmente conseguiu dizer. Austin riu. “Eu não tenho motivo para mentir, ao contrário de você. Eu não preciso impressionar ninguém.” Erica deu um passo à frente, encontrando o olhar chocado de Michelle. “Você me expulsou como lixo. Você me fez sentir inútil. Mas olhe para mim agora. Eu tenho tudo o que preciso e não precisei de você para conseguir isso.” Michelle engoliu em seco. “Erica, eu…” “Poupe as desculpas,” Erica a interrompeu. “Eu não vim aqui para desculpas. Eu só queria que você visse o que perdeu.”

O rosto de Sharon se contorceu de ciúme. “E daí? Só porque você tem dinheiro agora, você acha que é melhor do que nós?” Erica sorriu. “Não, mas eu sei que sou livre, e isso é algo que você nunca será.” Os olhos de Michelle piscaram entre Erica e Austin, sua mente acelerando. “Talvez possamos consertar as coisas,” ela disse rapidamente. “Nós ainda somos família. Não se esqueça de onde você veio.” Austin pegou um envelope pardo do bolso e o jogou na mesa. “Um milhão de Naira,” ele disse casualmente. “Considere isso o preço da noiva de Erica.”

As mãos de Michelle tremeram enquanto ela pegava o envelope. Ela olhou para dentro e seus olhos se arregalaram com o dinheiro novo. Sharon e Kiara ofegaram. “Espere,” Sharon disse em voz alta. “Você está dando todo esse dinheiro a ela por quê?” Austin sorriu. “Para cortar todos os laços. Erica não precisa mais de vocês. Isso é apenas para que vocês nunca venham mendigar.” O rosto de Michelle caiu. Ela apertou o envelope como se fosse sua última esperança. “Erica, por favor, você pode voltar para casa. Podemos ser uma família novamente.” Erica olhou para ela, a mulher que a tinha expulsado. “Eu já tenho uma família, e não é aqui.” Com isso, ela se virou e se afastou, Austin ao seu lado.

Ao chegarem ao carro, Erica deu uma última olhada na casa. Ela não sentiu nada. Nenhuma dor, nenhum desejo. Apenas liberdade. Ela estava finalmente livre.

Dias depois que Erica e Austin partiram, a casa de Michelle estava cheia de tensão. Sharon e Kiara sempre foram unidas, mas agora se voltaram uma contra a outra. “Você estragou tudo!” Sharon gritou, jogando um copo d’água no chão. “Se você não tivesse sido tão má com Erica, não estaríamos sofrendo agora.” Kiara riu. “Eu? E você? Você riu dela, zombou dela! Agora você quer me culpar?” Michelle estava sentada em um canto, esfregando a testa. “Parem vocês duas!” ela disparou. “Em vez de brigar, tentem descobrir como sobreviver. Erica era nossa chance, e agora ela se foi.” Sharon cerrou os punhos. “Austin era para ser meu marido! Se Erica não existisse, ele teria me escolhido.” Kiara revirou os olhos. “Por favor, você não era o tipo dele.” Michelle se levantou. “Chega dessa bobagem! O dinheiro que Austin nos deu é tudo o que nos resta. Se o desperdiçarmos, não teremos nada.” Sharon e Kiara se entreolharam. Pela primeira vez, elas perceberam que Erica realmente tinha vencido, e não havia nada que pudessem fazer a respeito.

Esta história nos ensina que a bondade e a paciência sempre vencem no final. Aqueles que traem e maltratam os outros, por fim, terão que enfrentar as consequências de suas ações. Nunca desista, mesmo quando os outros o fazem. Seu sucesso falará por você.

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