Ela não sabia que o estranho a quem ajudou era um príncipe herdeiro.

A manhã estava calma. O som dos pássaros preenchia o ar enquanto a brisa suave tocava as folhas da mangueira ao lado do riacho estreito. Grace caminhava para casa com um pote de água equilibrado com cuidado na cabeça. A água brilhava sob o sol matinal. Era uma manhã como todas as outras: pacífica, simples e tranquila, até que ela o viu.
No início, ela pensou que fosse um saco que alguém havia jogado na beira da estrada. Mas, à medida que se aproximava, ela congelou. Um homem, talvez na casa dos 30 anos, jazia estirado no chão, metade do corpo coberto de poeira, a camisa rasgada, o rosto machucado e os lábios pálidos. Parecia que não comia nem tomava banho há dias.
Grace ofegou baixinho e olhou em volta. Alguns aldeões também voltavam do riacho. Ela acenou para eles. “Por favor, venham me ajudar!”, ela gritou. Um homem olhou em sua direção e sibilou: “Grace, largue aquele 1 o. Ele pode ser um ladrão fingindo estar dormindo.” Uma mulher carregando lenha parou por um momento, olhou para o homem e foi embora balançando a cabeça.
“As pessoas não têm juízo hoje em dia”, disse a mulher. “Ajudar um estranho pode trazer problemas.” Grace ficou parada, impotente, enquanto todos passavam. Seu coração palpitava. O homem não se movia. Ela largou o pote ao lado dele e ajoelhou-se devagar. Sua respiração estava fraca, mas ainda lá. Ela tentou sacudi-lo. “Senhor, você me ouve?”, ela disse baixinho. Nenhuma resposta.
Por um longo momento, Grace apenas olhou para ele. “Não”, ela sussurrou para si mesma. “Eu não posso deixá-lo aqui para morrer.” Ela rasgou um pedaço de seu pano e limpou a sujeira de seu rosto. Sua pele estava quente, mas seu corpo fraco. Ela se levantou, olhando para o longo caminho que levava para casa, depois para o homem deitado à sua frente.
“Eu não consigo levantá-lo”, ela murmurou, “mas eu vou tentar.” Grace o arrastou lentamente, parando a cada poucos passos para descansar. Seus pés descalços afundavam no chão macio enquanto o sol da manhã subia mais alto. O suor escorria pelo seu rosto, mas ela não parou. Ela estava sozinha, lutando, mas determinada. Quando chegou em casa, suas pernas tremiam.
Sua mãe, Mandy, estava varrendo lá fora. No momento em que viu Grace arrastando um homem estranho em direção à casa, ela largou a vassoura e gritou: “Grace, você enlouqueceu? Quem é este?” “Mãe, por favor”, disse Grace, ofegante, “eu o encontrei no riacho. Ele está inconsciente. Ninguém o ajudou.” Sua mãe franziu a testa profundamente.
“E desde quando você virou enfermeira? Leve-o de volta para lá.” “Mãe, ele está morrendo. Por favor, pelo menos deixe-o descansar primeiro.” Antes que ela pudesse terminar, a palma da mão de sua mãe atingiu sua bochecha com força. “Tapa! Você virou uma boa Samaritana, Abi? Você pensa que a vida é um livro de histórias? Você não sabe quem ele é. Ele pode ser um criminoso.” Lágrimas encheram os olhos de Grace.
“Mas, Mãe.” “Nada de ‘mas’. Leve-o de volta agora antes que as pessoas digam: ‘Minha filha está trazendo homens estranhos para casa’.” Grace curvou a cabeça em silêncio, segurando as lágrimas. O homem ainda estava deitado fracamente no chão. Seu rosto parecia pacífico, quase inocente. Ela não podia abandoná-lo. Então, quando sua mãe entrou na casa com raiva, Grace esperou um momento e então sussurrou suavemente: “Eu vou encontrar outro jeito.”
Ela enrolou o braço do homem em seu ombro e o arrastou novamente, desta vez em direção à cabana de um velho herborista que vivia à beira da aldeia. O homem era pesado, mas ela não desistiu. Quando chegou à cabana do herborista, ela bateu suavemente. O velho saiu surpreso. “Grace, quem é este?” “Por favor, Baba”, ela disse, sem fôlego. “Eu o encontrei inconsciente no riacho. Minha mãe se recusou a deixá-lo entrar em casa. Por favor, me ajude a salvá-lo.” O velho olhou para ela por um longo tempo, então assentiu lentamente. “Você tem um bom coração, minha filha. Deixe-o aqui. Eu farei o meu melhor.” Grace sorriu fracamente, o alívio lavando seu rosto cansado. Ela tinha feito a sua parte. Ela se virou para sair, mas olhou para o homem mais uma vez.
Havia algo nele que parecia especial, como se o destino tivesse acabado de começar seu trabalho. A manhã seguinte chegou silenciosamente, o tipo de calma que faz uma aldeia parecer meio adormecida. Grace acordou cedo, os olhos ainda pesados da longa noite. Ela não tinha contado à mãe para onde tinha levado o homem inconsciente. Ela apenas disse que ia buscar lenha.
Em seu coração, no entanto, ela sabia que ia verificar como ele estava: o estranho cujo rosto ela não conseguia parar de pensar. Quando chegou à cabana do herborista, o cheiro de ervas preenchia o ar. Pássaros empoleiravam-se no telhado, chilreando suavemente. O velho herborista, Baba Eken, estava sentado lá fora, moendo folhas em um pilão de madeira. “Bom dia, Baba”, Grace cumprimentou respeitosamente. Ele olhou para cima e sorriu fracamente. “Bom dia, minha filha. Você veio cedo. Seu estranho ainda está vivo, mas ele está fraco. O corpo dele está lutando por força.” O coração de Grace deu um pulo. “Graças a Deus ele está vivo”, ela disse baixinho, sua voz cheia de alívio. Baba apontou para a pequena cabana no canto. “Entre e veja-o, mas não o perturbe muito.” Grace entrou lentamente na pequena cabana. O homem estava deitado em uma esteira, embrulhado em um cobertor velho. Seu cabelo estava desgrenhado, a barba áspera e o rosto pálido, mas pacífico. Ela ajoelhou-se ao lado dele, tocando suavemente sua mão. Estava quente. “Obrigada, Senhor”, ela sussurrou. “Por favor, deixe-o viver.”
Todos os dias depois disso, Grace vinha à cabana do herborista para verificar como ele estava. Às vezes ela vinha com ervas, às vezes com mingau, às vezes apenas com orações. O herborista o tratava com cuidado, mas seus remédios custavam dinheiro. Grace não tinha nenhum, então decidiu trabalhar nas fazendas das pessoas para pagar pelo seu tratamento.
Sob o sol quente, ela se curvava sobre os campos, plantando e capinando. Suas roupas estavam encharcadas de suor, suas mãos ásperas de trabalho. Alguns dos aldeões zombavam dela. “Grace, por quem é este estranho por quem você está sofrendo?”, disse uma mulher. “Talvez ele seja um espírito. Quando acordar, ele vai desaparecer e deixá-la com os bolsos vazios.” Grace apenas sorriu fracamente. “Se ele viver, isso é o suficiente para mim.” Sua mãe, Mandy, notou que Grace voltava para casa tarde e saía cedo. “Onde você tem ido?”, ela perguntou uma noite, seu tom áspero. “Para a fazenda do herborista?”, Grace mentiu suavemente. “Ele precisa de ajuda com o trabalho.” Sua mãe a olhou desconfiada. “Você está escondendo algo. Eu posso ver nos seus olhos.” Grace desviou o olhar. “Nada, Mãe. Eu estou bem.” Naquela noite, quando todos dormiram, ela saiu sorrateiramente e foi para a cabana novamente. O luar guiava seu caminho. Ela sentou-se ao lado do homem e o observou dormir. Seu peito subia e descia suavemente, e ela se pegou pensando que tipo de vida ele tinha vivido antes deste momento. Quem ele era? Por que foi encontrado perto do riacho deles, sozinho e quebrado?
Dias se transformaram em semanas. O herborista continuou seus tratamentos. Grace continuou seu trabalho. Sua mãe continuou a reclamar, mas Grace não se importava mais. Ela tinha decidido ajudar o estranho até o fim. Certa tarde, enquanto trabalhava em uma fazenda não muito longe do riacho, ela ouviu a voz familiar de sua mãe. “Então, é aqui que você tem desperdiçado sua energia?”, disse Mandy, cruzando os braços. “Você está escravizando-se por um homem que você nem conhece. Eu te avisei, Grace. Um dia você vai se arrepender disso.” Grace enxugou o suor e olhou para a mãe calmamente. “Mãe, se eu me afastar de alguém que precisa de ajuda, como posso pedir a Deus que me ajude quando eu precisar?” Sua mãe zombou. “Você acha que este homem é uma bênção? Ele vai te trazer vergonha. Guarde minhas palavras.”
Mas Grace não discutiu. Ela simplesmente voltou ao seu trabalho. A verdade é que ela também não entendia suas próprias ações. Tudo o que sabia era que toda vez que o via respirar, seu coração se acalmava. Naquela noite, ela voltou à cabana do herborista com uma pequena cabaça de comida. Baba Iken estava sentado perto do fogo misturando ervas em um pote. “Baba, por favor, como ele está hoje?”, ela perguntou. O velho sorriu. “Ele está melhorando. Ele moveu os dedos esta manhã. Sua força está voltando aos poucos. Você deve continuar orando.” Grace sorriu com lágrimas nos olhos. “Obrigada, Baba. Eu vou continuar ajudando.” Ela colocou a comida ao lado da esteira e olhou para o rosto do homem novamente. Sua respiração estava mais forte agora. Ela sentou-se ali em silêncio, sentindo algo se agitar em seu coração, algo que ela ainda não conseguia nomear. “Seja você quem for”, ela sussurrou, “você não vai morrer. Não enquanto eu estiver aqui.” Lá fora, a lua brilhava suavemente em seu rosto. Era como se o próprio destino estivesse assistindo, sorrindo suavemente para o início de um laço que nem Grace nem o estranho podiam ainda entender.
A manhã chegou suavemente e uma luz dourada escorreu pelas fendas da cabana. O ar cheirava a ervas esmagadas e à fumaça fraca do fogo de Baba Eken. Grace chegou cedo, como sempre fazia. Ela tinha uma pequena cabaça de papa e banana-da-terra assada na mão e seu coração carregava uma oração silenciosa nos lábios.
Ao entrar no pequeno quarto, ela congelou. Os dedos do homem moveram-se ligeiramente. Suas pálpebras tremeram. Ela piscou, pensando que seus olhos a enganavam. Mas então seu peito subiu mais alto e, com um gemido fraco, ele abriu os olhos. Grace ofegou, a cabaça quase caindo de sua mão. “Oh, graças a Deus”, ela sussurrou, sua voz tremendo de alegria.
Ela correu para o lado dele, ajoelhando-se. O homem piscou várias vezes, confuso. Seus olhos percorreram o quarto — o telhado de palha, as ervas penduradas, o banquinho de madeira baixo — antes de finalmente se fixarem em seu rosto. Ele franziu a testa suavemente, tentando falar, mas sua voz estava fraca. “Onde eu estou?”, ele conseguiu perguntar. Grace sorriu através de suas lágrimas.
“Você está seguro. Por favor, não se mova muito. Você ficou inconsciente por semanas.” Ele olhou para ela, ainda tentando entender onde estava. “Quem é você?” “Meu nome é Grace”, ela disse gentilmente. “Eu o encontrei deitado perto do riacho. Todos passaram, mas eu não podia deixá-lo lá. Então, eu o trouxe para Baba Eken, o herborista da aldeia. Ele tem cuidado de você.” Os lábios do homem se abriram lentamente. Sua voz saiu em um sussurro. “Você me ajudou?” Grace assentiu, ainda sorrindo. “Sim, eu simplesmente não podia vê-lo morrer.” Ele fechou os olhos por um momento, como se estivesse tentando se lembrar de algo doloroso. Então ele sussurrou: “Meu nome é Charles.” “Charles”, ela repetiu suavemente. “Este é um bom nome.”
Houve silêncio por um tempo. Apenas o som das ervas queimando preenchia o ar. Charles tentou se sentar, mas seu corpo estava muito pesado. Grace rapidamente o apoiou com o braço, ajudando-o a se encostar na parede. Seus olhos encontraram os dela novamente, suaves, confusos, mas gratos. “Você não deveria ter me ajudado”, ele murmurou fracamente. “Poderia ter sido perigoso.” Grace balançou a cabeça. “A própria vida é perigosa, mas a bondade não é.” Suas palavras afundaram nele como água morna em solo seco. Ninguém nunca havia dito algo assim para ele antes. Seus olhos se suavizaram. “Obrigado por me salvar.” Grace baixou o olhar timidamente. “Não me agradeça. Apenas melhore. Isso é o suficiente.”
Com o passar dos dias, Charles começou a recuperar a força. Grace continuou a visitá-lo todas as manhãs e noites, trazendo-lhe comida, água e roupas limpas. O herborista tratou de seus ferimentos e lhe deu banhos de ervas. A cada dia, Charles a observava mais: sua paciência, sua humildade, seu riso suave que preenchia a cabana como música. Certa noite, enquanto o sol começava a se pôr, Charles falou novamente.
“Grace”, ele disse suavemente, “você fez mais por mim do que qualquer outra pessoa já fez. Por quê? Você nem sabe quem eu sou.” Grace sorriu gentilmente. “Quando eu o vi deitado no riacho, algo me disse que era certo ajudá-lo. Eu não precisava saber seu nome para fazer isso. Meu coração não me deixaria ir embora.” Charles olhou para ela profundamente, sua voz fraca, mas sincera. “Você tem um coração puro. Pessoas como você são raras.” As bochechas de Grace coraram. “Não me lisonjeie. Eu sou apenas uma garota comum da aldeia.” Ele balançou a cabeça lentamente. “Não, você não é.” Naquela noite, quando ela foi para casa, encontrou sua mãe esperando na porta. Os braços de Mandy estavam cruzados, seus olhos cheios de suspeita. “Então, você tem se esgueirado para o lugar do herborista todos os dias, hein? Tudo por causa daquele estranho.”
Grace suspirou. “Mãe, por favor, não comece de novo.” Sua mãe se aproximou. “Diga-me, Grace, e se aquele homem for um criminoso? E se você estiver cuidando de um ladrão?” Os olhos de Grace se encheram de lágrimas. “Mãe, se ele fosse um ladrão, Deus teria me mostrado. Ele não é. Ele está apenas perdido.” Sua mãe zombou.
“Perdido? Você é quem vai ficar perdida se não parar com essa bobagem.” Ela se virou e entrou furiosa, deixando Grace parada em silêncio sob o luar. Mas Grace não parou. Na manhã seguinte, ela voltou novamente. E quando Charles a viu entrar na cabana com seu sorriso caloroso de sempre, seu coração se alegrou. Pela primeira vez desde sua captura, desde a escuridão que ele havia enfrentado, ele se sentiu seguro. Não por causa das ervas ou do abrigo, mas por causa da bondade nos olhos da garota que se recusou a abandoná-lo. Ele olhou para ela e sussurrou: “Grace, você me trouxe de volta à vida.” E Grace, sorrindo suavemente enquanto colocava o café da manhã diante dele, respondeu: “Então viva bem, Charles. Isso é todo o agradecimento que eu preciso.”
Dias se transformaram em semanas, e o homem que Grace uma vez arrastou do riacho agora caminhava lentamente para fora da cabana do herborista. Seus passos eram fracos, mas firmes, e toda vez que Grace o via de pé, seu coração se alegrava como um pássaro liberto. Baba frequentemente sorria quando ela vinha. “Sua paciente está mais forte agora, Grace”, ele dizia com uma risada. “Se não fosse por você, aquele jovem teria sido enterrado no riacho.” Grace sorria timidamente e olhava para Charles, que agora ajudava a varrer o pátio para mostrar gratidão. Sua barba estava aparada, sua pele mais brilhante e, embora ele ainda parecesse magro, havia força voltando ao seu corpo. Certa tarde, enquanto o sol estava dourado nas árvores, Grace trouxe-lhe comida: inhame cozido com azeite de dendê e pimenta.
Charles sorriu calorosamente quando ela entrou. “Você veio de novo”, ele disse suavemente. “Eu vou continuar vindo até você estar forte o suficiente para me afastar”, Grace brincou. Ele riu gentilmente, o som ainda fraco, mas cheio de vida. “Isso pode demorar um pouco.” Grace colocou a comida em um pequeno banquinho. “Coma primeiro. Você fala demais hoje em dia.” Charles sorriu e comeu devagar.
Depois de um tempo, ele suspirou profundamente. “Grace, eu te devo uma explicação. Você merece saber quem eu sou e o que aconteceu comigo.” Grace sentou-se quieta, com as mãos apoiadas nos joelhos. “Eu estou ouvindo.” Charles olhou para baixo por um momento antes de falar. “Meu nome é Charles Obi. Eu vim para sua aldeia para uma inspeção de negócios. Meu pai me enviou da cidade para olhar um terreno que queríamos comprar perto do rio. Naquele dia, quando eu voltava do local, alguns homens pararam meu carro. Eles tinham armas. Eles me arrastaram para fora e cobriram meu rosto com um pano. Eu tentei lutar contra eles, mas eram muitos. Eles me bateram forte na cabeça e me jogaram na van deles.” Os olhos de Grace se arregalaram, sua respiração ficou presa na garganta.
“Eu pensei que era o fim”, Charles continuou, sua voz baixa. “Eles me mantiveram em um prédio antigo por dias. Eu não comi. Eu não bebi. Então, uma noite, sirenes da polícia soaram por perto. Eles entraram em pânico e fugiram. Eu tentei rastejar para fora, mas estava muito fraco. Eu devo ter vagado pelos arbustos até chegar ao seu riacho. Depois disso, eu não me lembro de nada.” Grace cobriu a boca. “Oh, meu Deus.” Ele sorriu fracamente. “E foi lá que você me encontrou. Você poderia ter me ignorado como todos os outros, mas você não o fez. Você me carregou. Você me salvou.” Grace balançou a cabeça gentilmente. “Eu não salvei você, Charles. Deus o fez. Eu apenas obedeci ao meu coração.” Ele olhou para ela com gratidão. “Se o mundo tivesse mais pessoas como você, seria um lugar melhor.”
Eles ficaram em silêncio por um tempo. O vento da tarde soprava suavemente pela janela aberta, carregando o cheiro de ervas e poeira. Grace o observou, pensando como a vida poderia ser estranha. Como um ato de bondade poderia unir dois estranhos. Mais tarde, naquela noite, quando ela foi para casa, sua mãe estava esperando novamente, de braços cruzados. “Grace, onde você esteve?” “Na casa do Baba Eken”, ela respondeu baixinho.
“Com aquele homem de novo?”, perguntou Mandy asperamente. “Você se transformou em serva de um estranho. Você sabe quem ele é?” Grace levantou o queixo. “Sim, Mãe. O nome dele é Charles Obi. Ele foi sequestrado no caminho da cidade. Ele não é um criminoso.” Sua mãe franziu a testa. “Sequestrado? Tem certeza? Ou foi isso que ele te disse para fazer você ter mais pena dele?” “É a verdade”, Grace disse suavemente. “Você devia ir vê-lo você mesma.” Mandy se virou com raiva. “Eu não tenho nada a ver com estranhos. Se algo acontecer com você, não me chame.” Grace engoliu em seco. O coração de sua mãe era firme como pedra, mas Grace sabia que um dia ela entenderia. Na manhã seguinte, Charles saiu da cabana pela primeira vez sem ajuda. Grace estava por perto, sorrindo orgulhosamente.
“Você está finalmente de pé, forte”, ela disse alegremente. Ele olhou para ela e assentiu: “Porque alguém se recusou a desistir de mim.” Grace riu suavemente. “Não me faça chorar, por favor.” Charles respirou fundo e olhou em volta. O céu estava limpo, o mundo estava brilhante novamente. “Grace”, ele disse lentamente. “Eu preciso ir para casa. Meu pai deve pensar que eu estou morto. Ele deve estar preocupado.” O sorriso de Grace diminuiu um pouco. “Você está partindo já?” “Sim”, ele disse gentilmente. “Mas eu não vou sozinho. Eu quero que você venha comigo. Eu quero que meu pai veja a mulher que me deu minha vida de volta.” Grace congelou. “Eu? Ir com você para a cidade?” Charles assentiu com um pequeno sorriso.
“Sim, você pode não saber, Grace, mas você mudou tudo para mim. Você me deu esperança quando eu não tinha mais nada. Meu pai precisa agradecer a você pessoalmente.” O coração de Grace começou a acelerar. Ela não sabia se devia ficar com medo ou animada. Suas mãos tremeram levemente enquanto ela sorria timidamente. “Se Baba Eken concordar, então talvez eu vá.” Charles sorriu, seus olhos calorosos. “Então está resolvido.”
E naquele momento tranquilo, sob o vento suave que soprava das árvores, Grace não sabia que sua vida estava prestes a tomar um rumo que chocaria toda a aldeia, até mesmo sua mãe, que uma vez lhe disse para devolver o estranho ao riacho. Na manhã em que Charles decidiu deixar a aldeia, o céu estava claro e calmo. Os pássaros estavam cantando como se soubessem que algo especial estava prestes a acontecer. Grace estava do lado de fora da cabana de Baba Eken, seu coração batendo rápido. Ela nunca tinha viajado para além da próxima aldeia. No entanto, ali estava ela, prestes a ir para a cidade com um homem que ela tinha encontrado uma vez deitado perto do riacho. Baba Eken saiu da cabana sorrindo. “Então o príncipe está finalmente voltando para casa”, ele disse brincalhão.
Charles riu suavemente. “Baba, você foi como um pai para mim. Eu não vou esquecer sua bondade.” Ele tirou uma pequena bolsa de couro. “Por favor, aceite isto como um agradecimento por tudo o que você fez.” O velho acenou com a mão. “Não precisa, meu filho. A garota que você chama de Grace fez tudo. Eu apenas usei minhas ervas.” Grace sorriu timidamente e ajeitou seu pano. “Baba, obrigada por me permitir trazê-lo para cá.” Ele assentiu lentamente. “Você tem um coração puro, minha filha. Vá com ele. Para onde quer que esta jornada a leve, nunca se esqueça de quem você é.” Ambos se ajoelharam, recebendo sua bênção antes de partirem. A jornada para a cidade levou horas. Grace sentou-se calmamente ao lado de Charles no carro que ele havia emprestado de um amigo na cidade vizinha.
A estrada se estendia longa à frente deles, ladeada por campos verdes e trilhas empoeiradas. Ela observou as árvores passarem apressadamente e segurou a beirada do assento nervosamente. Charles olhou para ela e sorriu. “Você está assustada?” “Um pouco”, ela admitiu suavemente. “Eu nunca estive tão longe de casa.” “Não se preocupe”, ele disse gentilmente. “Você está segura comigo.”
Quando entraram na cidade, os olhos de Grace se arregalaram. Ela nunca tinha visto edifícios tão altos, estradas tão movimentadas, carros tão brilhantes piscando por toda parte. As buzinas, as pessoas, o cheiro de milho assado misturado com gases de escape — tudo parecia outro mundo. Depois de um tempo, o carro virou em uma longa estrada ladeada por guardas e palmeiras. No final, estava um magnífico complexo pintado de branco e ouro com pilares de mármore e um grande portão que brilhava sob o sol da tarde. Grace olhou em choque. “Onde é isso?” Charles sorriu fracamente. “Casa.” Seu coração pulou. “Casa? Você quer dizer?” Ele assentiu antes que ela pudesse terminar. “Sim, Grace. Eu sou o Príncipe Charles, filho do Rei Collins do Reino Arena. Este é o palácio.” Grace congelou, incapaz de falar. Suas mãos tremeram enquanto ela olhava para ele, depois para o grande portão. Os guardas se curvaram imediatamente quando o viram. “Sua Alteza!”, eles gritaram, correndo para a frente. Charles acenou para eles. “Onde está meu pai?” “Ele está lá dentro, meu príncipe”, disse um deles rapidamente, a excitação em sua voz. “Pensamos que você tinha partido para sempre.” A boca de Grace se abriu ligeiramente. Ela mal podia acreditar que o homem que ela tinha arrastado da sujeira estava ali sendo saudado por guardas. Charles virou-se para ela, seus olhos gentis. “Grace, venha comigo. Você salvou minha vida. Meu pai precisa conhecê-la.” Ela hesitou, seus pés pesados.
“Príncipe Charles, eu não pertenço a este lugar. Olhe para mim, minhas roupas, meu cabelo.” Ele sorriu calorosamente. “Você pertence a onde a bondade vive. Grace, não tenha medo.” Ele estendeu a mão e, lentamente, ela colocou a sua na dele. Juntos, eles atravessaram o grande portão e entraram no palácio. Lá dentro, a atmosfera mudou. O palácio estava cheio de serviçais e decorações douradas. Um homem alto vestindo um manto real apressou-se assim que viu Charles. Era o Rei Collins, seu pai. Seus olhos se encherem de lágrimas. “Meu filho”, ele chorou, correndo para a frente. “É você mesmo?” Charles se ajoelhou diante dele, lágrimas brilhando. “Pai, sou eu. Eu voltei.” O rei o levantou e o abraçou com força. “Eu procurei por você em todos os lugares. Pensei que o tinha perdido para sempre.” Quando finalmente se separaram, Charles se virou e gentilmente trouxe Grace para a frente. “Pai”, ele disse suavemente, “esta é a mulher que salvou minha vida. Eu teria morrido se não fosse por ela.” O rei olhou para Grace, assustado. “Você—você ajudou meu filho.” Grace se ajoelhou rapidamente, tremendo. “Sim, Sua Majestade. Eu o encontrei no riacho e o levei a um herborista. Eu não sabia que ele era um príncipe.” Lágrimas se acumularam nos olhos do rei. “Minha filha, que Deus a abençoe. Você salvou a luz da minha casa.” Ele a ajudou a se levantar e virou-se para os serviçais. “Preparem um banquete. O príncipe retornou.” Tambores começaram a bater no pátio e vozes encheram o ar com alegria.
Grace ficou ali, oprimida, seu coração palpitando. Charles se inclinou e sussurrou: “Você vê? Você não ajudou a pessoa errada.” Ela sorriu fracamente, seus olhos brilhando. “Eu não fiz isso por recompensa, Charles. Eu simplesmente não podia ir embora.” “E isso”, ele disse gentilmente, “é exatamente por que você merece tudo de bom que virá.” Enquanto os tambores ficavam mais altos e o palácio se enchia de celebração, Grace percebeu que sua vida havia mudado para sempre: da garota do riacho para a mulher que, sem saber, salvou um príncipe.
Na manhã seguinte, o palácio estava vibrante de alegria. O som dos tambores ecoava de um lado para o outro, e o ar cheirava a carne assada e incenso queimado. Cada canto do complexo real brilhava com vida. O Príncipe Charles havia voltado para casa em segurança, e o povo se alegrava.
Mas no meio de todas as celebrações estava Grace, ainda tímida, ainda insegura. As roupas que ela usava eram simples, seu cabelo simples, mas ela atraía todos os olhares que a viam. Os serviçais sussurravam entre si: “Essa é a garota que salvou o príncipe. Ela não parece uma mulher da cidade. Mesmo assim, imagine uma garota da aldeia trazendo de volta nosso herdeiro.” Grace não se importava com os sussurros deles. Ela estava apenas grata por Charles estar vivo. Mais tarde naquele dia, o rei mandou chamá-la. Ela entrou no grande salão nervosamente, com as mãos apertadas. O Rei Collins estava sentado em sua cadeira dourada, sua coroa brilhando sob a luz. Ao lado dele estava a Rainha Gloria, uma mulher de graça e sabedoria. Charles também estava lá, sorrindo calorosamente para ela.
Quando Grace se ajoelhou diante deles, o rei se levantou. “Levante-se, minha filha”, ele disse gentilmente. “Você não é mais apenas Grace do riacho. Você é a razão pela qual eu sorrio novamente.” Grace se levantou devagar, lágrimas enchendo seus olhos. “Sua Majestade, eu não fiz muito. Eu apenas fiz o que meu coração me disse.” O rei sorriu. “E é isso que torna tudo especial. Muitas pessoas viram meu filho deitado lá, mas só você parou. Você deu vida onde outros deram desculpas.” Ele virou-se para um dos guardas do palácio. “Enviem mensageiros para a aldeia de Grace. Que saibam que ela está segura e honrada aqui. Preparem presentes para a família dela.” O coração de Grace deu um pulo. “Por favor, Sua Majestade. Minha mãe não queria que eu o ajudasse. Ela ficará brava.” O rei riu suavemente. “Então deixe a raiva dela se transformar em alegria quando ela souber que você salvou um príncipe.”
Na tarde seguinte, dois mensageiros reais chegaram à aldeia de Grace. Eles cavalgaram em belos cavalos e carregavam cestas de presentes: tecido, arroz, sal e moedas de ouro. Os aldeões se reuniram, chocados e curiosos. Mandy, a mãe de Grace, saiu de sua cabana, seu pano frouxamente amarrado, seu rosto cheio de suspeita. “O que está acontecendo?”, ela perguntou.
Um dos mensageiros se adiantou e curvou-se ligeiramente. “Madame Mandy, viemos do Reino Arena. Sua filha, Grace, salvou nosso príncipe da morte. O próprio rei nos enviou com estes presentes.” A multidão ofegou. Algumas mulheres cobriram a boca em descrença. “Minha Grace!”, gaguejou Mandy. “Você quer dizer Grace, minha filha?” “Sim, Madame”, disse o mensageiro orgulhosamente. “Ela está com o rei e o príncipe agora. Ela é honrada e bem cuidada.” Os joelhos de Mandy ficaram fracos. Ela se sentou no chão sem palavras. Os mesmos aldeões que uma vez zombaram de Grace por ajudar um estranho começaram a falar alto. “Ah, então aquele homem que ela levou para casa era um príncipe? Nós não dissemos a ela para deixá-lo? Grace trouxe glória para a casa dela.”
Mandy não conseguia conter as lágrimas. Ela se lembrou de como tinha dado um tapa em Grace, como a tinha chamado de tola, como a tinha mandado devolver o homem ao riacho. O arrependimento encheu seu coração como água amarga. Um dos mensageiros entregou-lhe uma carta. Mandy a desdobrou com as mãos trêmulas. Estava escrita em caligrafia caprichada.
“Querida Mãe, não fique com raiva. Eu apenas segui meu coração. O homem que eu ajudei não era um criminoso. Ele era um príncipe em apuros. Eu estou bem agora. O rei e o filho dele são gentis comigo. Eles lhe enviam suas saudações. Eu irei visitar em breve. Sua filha, Grace.” No momento em que Mandy terminou de ler, as lágrimas tinham encharcado o papel.
A aldeia inteira se reuniu em torno dela, celebrando. “Ela salvou um príncipe. Ela nunca mais sofrerá. Ah, Deus abençoe aquela garota.” Naquela noite, Mandy não conseguia dormir. Ela se sentou lá fora, olhando para as estrelas. “Grace, minha filha”, ela sussurrou. “Você provou que eu estava errada. Você ouviu seu coração e encontrou um destino que eu não podia ver.”
Ela olhou para a estrada que levava ao palácio e sorriu fracamente. “Deus a abençoe, Grace.” De volta ao palácio, Grace estava na varanda, olhando para a lua. As luzes do jardim brilhavam em todo o complexo. O Príncipe Charles caminhou silenciosamente em direção a ela. “Você sente falta de casa”, ele disse suavemente. Ela sorriu fracamente. “Um pouco. Minha mãe deve estar preocupada.” Ele assentiu. “O mensageiro já deve ter chegado até ela.” Grace olhou para ele, seus olhos gentis. “Eu espero que ela entenda.” Charles se aproximou. “Ela vai.”
“Um dia ela verá o que eu vejo em você.” Grace baixou o olhar timidamente. “E o que você vê, meu príncipe?” Ele sorriu. “Um coração bom demais para este mundo.” Ela corou, seu coração palpitando. Pela primeira vez, ela percebeu que não era mais a mesma garota da aldeia que buscava água no riacho. O destino a tinha levado para um novo mundo, um mundo de realeza, gratidão e amor que estava florescendo silenciosamente entre ela e o homem que ela uma vez salvou.
Dias se transformaram em semanas, e o palácio se acostumou a ver Grace por perto. Sua beleza simples e seu espírito calmo a tornaram amada entre os trabalhadores. Ela nunca agiu com orgulho, apesar de ser tratada como realeza. Todas as manhãs, ela ainda ajudava os cozinheiros na cozinha, ainda varria seu próprio quarto e ainda falava suavemente com todos. O Príncipe Charles a observava frequentemente.
Havia algo em Grace que o humilhava. Ele tinha conhecido muitas mulheres: bonitas, ricas, sofisticadas, mas nenhuma como ela. Ela não tinha riquezas, nem fala elegante, mas seu coração era puro. Certa tarde, ele a encontrou sentada perto da fonte do palácio, lavando frutas. A água cintilava ao redor de suas mãos enquanto ela trabalhava calmamente. “Grace”, ele chamou suavemente.
Ela olhou para cima e sorriu. “Sua Alteza”, ela cumprimentou timidamente. Charles riu. “Quantas vezes eu terei que dizer para você parar de me chamar assim? Apenas me chame de Charles.” Ela riu gentilmente. “Eu não consigo. Parece errado.” Ele se aproximou, ajoelhando-se ao lado dela. “Então deixe-me fazer com que pareça certo.” Grace olhou para ele confusa.
“O que você quer dizer?” Charles respirou fundo. “Grace, eu pensei nisso todos os dias desde que abri os olhos naquela cabana. Você arriscou sua vida para salvar a minha. Você trabalhou em fazendas para pagar meu remédio. Você não tinha nada, mas você deu tudo. Eu não consigo imaginar minha vida sem você agora.” O coração dela começou a acelerar. “Príncipe Charles”, ela sussurrou.
Ele continuou, sua voz sincera. “Eu não quero apenas agradecer a você. Eu quero honrá-la, amá-la e passar o resto da minha vida com você.” Grace congelou, suas mãos tremendo. “O que você está dizendo?” Charles sorriu gentilmente. “Eu estou pedindo você em casamento, Grace. Não porque você me salvou, mas porque eu vi seu coração, e eu o quero ao lado do meu para sempre.”
Por um momento, o mundo parou. O som da fonte se desvaneceu. Os pássaros pareciam pausar no ar. Grace olhou para ele, seus olhos arregalados, lágrimas se acumulando. “Eu?”, ela sussurrou fracamente. “Casar com você? Mas eu sou apenas uma pobre garota da aldeia. Seu povo vai rir. Sua mãe…” Charles estendeu a mão para a dela.
“Minha mãe já ama você. Meu pai chama você de filha dele. O reino a honrará porque eu a honro. Você não é ‘apenas uma’ mais, Grace. Você é inestimável.” Suas lágrimas caíram livremente agora. “Eu não sei o que dizer.” Ele sorriu. “Diga sim.” Ela cobriu o rosto, balançando a cabeça em descrença. “Isto parece um sonho.”
“Então vamos torná-lo real”, ele disse suavemente. Grace baixou as mãos e olhou para ele através de suas lágrimas. Seus olhos eram gentis, firmes e verdadeiros. Ela assentiu lentamente. “Sim, Charles, eu me casarei com você.” Ele riu alegremente e a puxou para um abraço caloroso. As criadas do palácio por perto, que estavam assistindo de longe, começaram a aplaudir. A notícia se espalhou rapidamente pelo palácio.
O príncipe tinha pedido em casamento. Naquela noite, o rei os chamou para o salão real. Quando Grace se ajoelhou diante dele, ele levantou a mão. “Chega de se ajoelhar”, ele disse calorosamente. “Você faz parte desta família agora.” Os olhos de Grace se encheram novamente. “Sua Majestade, eu não mereço…” O rei interrompeu gentilmente. “Você merece tudo de bom nesta vida, minha filha. Você salvou o que o dinheiro não podia comprar: meu único filho.” Ele virou-se para os guardas. “Preparem-se para um anúncio real. Meu filho se casará com a mulher que lhe deu a vida.” Na manhã seguinte, a notícia chegou à aldeia de Grace. As pessoas se reuniram na praça, gritando de excitação. “Grace vai se casar com o príncipe! Ah, a mesma garota que a mãe dela chamou de tola. Quem diria que sua bondade a elevaria tanto?” Mandy sentou-se quieta na frente de sua casa, ouvindo. Seu coração estava cheio de vergonha e orgulho. Ela se lembrou de cada palavra dura que havia falado, de cada aviso que havia gritado. Lágrimas rolaram por suas bochechas. “Minha filha”, ela sussurrou. “Você provou que eu estava errada. Você ouviu seu coração e encontrou um destino que eu não podia ver.”
Ela olhou para a estrada que levava ao palácio e sorriu fracamente. “Deus a abençoe, Grace.” De volta ao palácio, Grace estava na varanda, olhando para a lua. As luzes do jardim brilhavam em todo o complexo. O Príncipe Charles caminhou silenciosamente em direção a ela. “Você sente falta de casa”, ele disse suavemente. Ela sorriu fracamente. “Um pouco. Minha mãe deve estar preocupada.” Ele assentiu. “O mensageiro já deve ter chegado até ela.” Grace olhou para ele, seus olhos gentis. “Eu espero que ela entenda.” Charles se aproximou. “Ela vai.”
“Um dia ela verá o que eu vejo em você.” Grace baixou o olhar timidamente. “E o que você vê, meu príncipe?” Ele sorriu. “Um coração bom demais para este mundo.” Ela corou, seu coração palpitando. Pela primeira vez, ela percebeu que não era mais a mesma garota da aldeia que buscava água no riacho. O destino a tinha levado para um novo mundo, um mundo de realeza, gratidão e amor que estava florescendo silenciosamente entre ela e o homem que ela uma vez salvou. kindn





