A História Oculta das Mulheres Brancas no Império Inca | Existiram Mulheres Brancas?

Sabias que a nobreza inca escondia um mistério que deixou os espanhóis perplexos e intrigados? Um detalhe tão inesperado que desafia tudo o que acreditamos saber sobre este majestoso império. Pois bem, segundo vários relatos históricos, as mulheres da família imperial tinham a pele branca. Sim, é isso mesmo. Um dado que não só levanta curiosidade, mas também nos leva a reconsiderar a aparência real dos herdeiros de um dos impérios mais poderosos da história. Como é possível tal coisa? Fica connosco, porque esta história reveladora está repleta de surpresas e detalhes fascinantes que não vais querer perder. Então, sem mais delongas, vamos começar com este vídeo.
O historiador José Antonio del Busto, no seu livro Pizarro, esclarece-nos este detalhe tão peculiar. Segundo ele, os Conquistadores que chegaram a Cajamarca ficaram completamente surpreendidos ao encontrarem as mulheres da elite inca. Não podiam acreditar no que viam: damas com uma pele mais clara do que alguma vez esperariam. Para eles, estas mulheres quebravam os estereótipos que tinham trazido da Europa sobre as populações indígenas da América. De facto, Del Busto cita textualmente os cronistas da época. Por exemplo, Pedro Cieza de León escreveu que estas mulheres eram “extremamente belas e muito brancas”. Consegues imaginar o impacto que isto deve ter tido nos espanhóis?
Agora, aprofundemos este tema. No ano de 1538, o conquistador espanhol Alonso de Alvarado fundou a cidade de Chachapoyas, localizada no norte do Peru. Esta cidade erguia-se entre a majestade dos Andes e a exuberante floresta amazónica. Não só serviu como um posto avançado estratégico para os colonizadores, mas também foi testemunha de um património cultural único: o dos Chachapoyas. No entanto, para além dos grandes povoados como Kuélap ou Gran Pajatén, o que os cronistas da época realmente comentavam era algo muito mais impressionante: a beleza das mulheres desta região.
Os Chachapoyas não foram um povo qualquer. Opuseram-se, resistiram e, embora no final tenham sido subjugados pelos Incas, deixaram uma marca indelével na história. E quando falamos de resistência, não nos referimos apenas aos seus combates no campo de batalha, mas também à sua capacidade de se manterem firmes perante o olhar estrangeiro, que em breve se sentiria fascinado por algo muito mais subtil, mas igualmente surpreendente: a beleza das suas mulheres. Ao percorrer o vasto continente americano, os cronistas espanhóis encontraram entre os povos indígenas uma diversidade de raças, costumes e características físicas, mas nenhum ficou tão impressionado como Pedro Cieza de León quando descreveu as mulheres de Chachapoyas.
Ele, na sua famosa obra Crónica del Perú (1552), afirmou que as mulheres desta região eram as mais belas de todo o território, chegando a referir-se a elas como “as mais formosas, as mulheres de Chachapoyas, as mais brancas e gentis de quantas tenho visto”, escrevia Cieza, destacando a beleza física destas mulheres que, além de formosas, possuíam uma graça inigualável. De facto, o próprio cronista salienta que muitas destas mulheres eram tão belas que eram levadas para os Templos do Sol, destinadas a servir na corte do Inca. Este comentário não era isolado. Outros cronistas da época, como o Inca Garcilaso de la Vega, também se referiam às mulheres Chachapoyas com espanto e admiração, descrevendo as suas mulheres como “extremamente formosas”. Este elogio não falava apenas de uma beleza superficial, mas de uma elegância e distinção que as colocava acima das outras comunidades. Mas o que havia de especial nesta região e nestas mulheres para fascinar tanto os conquistadores como os cronistas?

Não se trata de um mero comentário isolado: existem outros documentos históricos que reforçam esta ideia. Por exemplo, a Relación Francesa, outro texto chave do período, menciona que as mulheres da nobreza inca eram “mais brancas do que as que havia em Espanha”. Este detalhe não só realça o impacto visual que estas mulheres tiveram nos espanhóis, mas também demonstra como quebravam os padrões de beleza e aparência da época. Outro testemunho crucial é o do cronista Pedro Pizarro, que acompanhou o seu primo Francisco Pizarro durante a conquista do Peru. Nos seus escritos, Pedro descreve detalhadamente como eram estas mulheres da nobreza inca. Segundo ele, eram mulheres “muito limpas e cuidadas, com cabelos longos e pretos que usavam sobre os ombros”. O curioso é que também menciona que muitas delas tinham a pele tão clara que pareciam europeias. É incrível!
Segundo esta descrição, não se destaca apenas a cor da sua pele, mas também o seu cuidado pessoal, o seu porte e a sua elegância. Estas mulheres não eram admiradas apenas pela sua aparência física, mas também pela forma como se apresentavam, com cabelos longos e brilhantes que mantinham com esmero. Isto reforça a ideia de que as mulheres da nobreza inca não eram simplesmente figuras decorativas, mas que a sua presença tinha um impacto e deixava uma marca naqueles que as encontravam.
Um dos exemplos mais emblemáticos destas mulheres é Kusi Rimay, prima direita do Inca Atahualpa. Segundo os relatos históricos, esta princesa foi vista por Francisco Pizarro quando este regressou à sua pousada em Cajamarca. Kusi Rimay, tal como outras mulheres da nobreza, possuía aquelas características que tanto impressionaram os espanhóis: pele clara, porte nobre e uma beleza que, segundo os cronistas, se destacava até entre as mulheres europeias. Este encontro ficou registado como um dos momentos que mais chamaram a atenção dos Conquistadores.
Esta é a história de Kusi Rimay Ocllo, uma princesa inca que, para além da sua linhagem real, se tornou um símbolo de beleza e do que significava ser uma mulher de pele branca numa época em que os encontros entre mundos diferentes criavam histórias tão intrincadas quanto imprevisíveis. Este relato leva-nos ao coração das montanhas de Cajamarca, onde o conquistador Francisco Pizarro se encontrava no auge da sua carreira militar, enfrentando o poder inca com o seu exército de homens experientes e ansiosos por novas riquezas. No entanto, para além das lutas pelo poder, aconteceu algo mais profundo quando Pizarro conheceu Kusi Rimay Ocllo, uma princesa inca cuja beleza não só surpreendeu pela sua delicadeza, mas também por uma singular característica: a sua pele branca e suave. Num mar de peles escuras, como era a norma na maioria dos povos indígenas do continente, a pele clara desta princesa parecia o reflexo de um mundo alheio, algo que a tornava um objeto de fascínio e, para alguns, de desejo.
Ao longo das crónicas da época, Pizarro e os outros Conquistadores descrevem as mulheres indígenas com uma mistura de admiração e exotismo. No entanto, Kusi Rimay Ocllo, com a sua pele esbranquiçada, representava algo mais. Num mundo em que as conquistas eram definidas pela guerra e pela dominação, esta jovem princesa foi vista não só como uma mulher belíssima, mas como um símbolo da ligação entre dois mundos que, embora distantes, pareciam tocar-se neste ponto delicado. Pizarro, um homem conhecido pela sua austera vida de soldado e pela sua falta de inclinação para as mulheres, viu-se subitamente atraído por aquilo que poderia considerar um destino divino. Segundo o que é relatado nas crónicas, a beleza de Kusi Rimay Ocllo deslumbrou-o de tal forma que não hesitou em dar-lhe um nome especial, um que evocava a pureza e a graça que ele acreditava que ela emanava: Angelina.

Esta jovem princesa de corpo delicado e rosto angelical representava um mundo completamente diferente do dos homens da conquista. Mas quem era ela realmente? E porque é que esta relação entre Pizarro e a princesa inca se revelou tão significativa? Embora muitos detalhes desta história estejam envoltos em mistério, alguns cronistas como Pedro Cieza de León sugerem que Pizarro, apesar de ficar impressionado com a jovem, não pensou em tomá-la como esposa nem em introduzi-la de forma estável na sua vida. Nas crónicas de Cieza, lamenta-se que, em vez de casarem com mulheres de linhagem real como Kusi Rimay Ocllo, os Conquistadores e os principais espanhóis preferiram seguir um caminho muito mais pragmático: alianças políticas e casamentos de conveniência que, em muitos casos, não faziam justiça à riqueza cultural e à beleza das mulheres indígenas.
Mas a relação entre Pizarro e a princesa não pode ser vista unicamente como um simples encontro amoroso. Pelo contrário, reflete a tensão entre dois mundos completamente distintos: o dos conquistadores, homens de guerra e ambição, e o dos Incas, cuja nobreza era regida por valores muito diferentes. A figura de Kusi Rimay Ocllo, ou Angelina, ergue-se como um símbolo da beleza inca que se opunha ao pragmatismo e à frieza dos espanhóis que, na sua maioria, provinham de famílias humildes e procuravam poder e riqueza através da conquista. O que é particularmente fascinante nesta história é que o nome de Angelina se repete apenas nesta princesa, e nas crónicas não se menciona que outras mulheres nobres incas tenham recebido um nome cristão. Alguns estudos sugerem que o seu batismo pode ter ocorrido a 15 de julho de 1533, durante a festividade de Santa Angelina de Corbara. Embora não exista uma prova documentada que o confirme, esta possível ligação com o Cristianismo e com a beata napolitana pode ser um indício de como os Conquistadores procuravam moldar a identidade dos povos indígenas, apropriando-se das suas figuras mais importantes e transformando-as em símbolos da sua própria fé.
No caso de Pizarro e Kusi Rimay Ocllo, podemos ver como a beleza e a figura da jovem princesa representavam algo mais do que uma simples relação entre um conquistador e uma mulher inca. Era uma espécie de encontro de culturas, de poderes e talvez de destino. Pizarro, tal como outros homens do seu tempo, estava mais focado nas riquezas materiais do que nos sentimentos profundos, e a jovem princesa, embora admirada pela sua beleza, não parece ter sido um elemento central na vida de Pizarro. Pelo contrário, ela fez parte de uma rede mais ampla de interesses políticos e sociais que iriam definir o destino do Peru. Hoje, a história de Angelina continua a ser um enigma, uma daquelas histórias não contadas que se escondem entre as páginas da história. Quem era realmente esta jovem princesa?
Mas, indo ao que interessa, como é que estas mulheres da nobreza tinham a pele branca? É aqui que a história se torna ainda mais intrigante. Existem diversas teorias a este respeito, e nenhuma é definitiva, mas todas nos ajudam a compreender melhor o contexto. A primeira teoria sugere que a nobreza inca praticava uma endogamia estrita, ou seja, os casamentos e as uniões ocorriam dentro da mesma família ou círculo restrito, o que contribuía para preservar certas características genéticas. Este rigoroso controlo da linhagem pode ter contribuído para manter certos traços, como a pele mais clara, na elite. Este tipo de práticas não era exclusivo dos Incas; muitas culturas antigas recorriam a estratégias semelhantes para manter a sua “pureza de sangue”.
Outra teoria centra-se no estilo de vida destas mulheres. Enquanto a maioria da população estava exposta ao sol e ao trabalho no campo, as mulheres da nobreza viviam em palácios, protegidas do sol, com uma vida mais reservada. Além disso, é provável que usassem vestuário que cobria a sua pele, contribuindo para a manter mais clara. Isto, juntamente com o uso de produtos naturais para o cuidado da pele, pode explicar porque eram tão diferentes do resto da população. Existe também a possibilidade de que estes traços fossem o resultado de influências genéticas de antigas populações migrantes que chegaram aos Andes muito antes do apogeu do Império Inca. Embora esta teoria seja menos popular, abre a porta à exploração da diversidade genética que pode ter existido na região em épocas pré-hispânicas.
Finalmente, não podemos ignorar como os padrões de beleza europeus da época podem ter influenciado a perceção dos cronistas. Para os espanhóis, a pele branca era sinónimo de nobreza, pureza e formosura. Portanto, é possível que estes relatos reflitam uma mistura entre a admiração pelas mulheres da nobreza inca e os seus próprios preconceitos culturais. No entanto, a persistência de vários testemunhos sugere que estas descrições não são meramente subjetivas, mas que havia realmente algo de único nestas mulheres.
Este detalhe histórico convida-nos a refletir sobre como compreendemos o passado. Muitas vezes, as nossas ideias sobre as culturas pré-colombianas estão cheias de estereótipos que não refletem a riqueza e a diversidade destas civilizações. Saber que existiam mulheres de pele clara na nobreza inca lembra-nos que a história é muito mais complexa e fascinante do que pensamos.
Então, o que podemos aprender com esta história? Em primeiro lugar, que a nobreza inca não era apenas um símbolo de poder político, mas também um reflexo de um cuidado meticuloso em preservar as suas tradições e linhagem. Em segundo lugar, que os relatos históricos, embora possam ser influenciados pelas perceções da época, nos oferecem pistas valiosas sobre a vida no Tahuantinsuyo. E, por fim, que há sempre mais para descobrir sobre o passado, mesmo em detalhes que pareciam insignificantes. Aí está, um dado que quebra com as ideias preconcebidas e nos convida a continuar a explorar os segredos das antigas civilizações. Se gostaste desta história e queres saber mais sobre os mistérios do passado, não te esqueças de subscrever este canal, porque a história está repleta de surpresas e estamos aqui para aprender todos os dias.





