25 Métodos de Tortura que Revelam o Lado Mais Negro da Civilização Humana

25 Métodos de Tortura que Revelam o Lado Mais Negro da Civilização Humana

Você já se perguntou até onde as pessoas são capazes de ir para magoar umas às outras? Algumas técnicas de tortura são tão brutais que você pensaria que saíram de um pesadelo. Preste atenção, porque estas não são apenas lendas antigas. A prova é real. E espere pelo último; é de outro nível. Estou mostrando a vocês os 25 métodos de tortura mais perturbadores da história. Vamos começar pelo número um.

Lingchi: morte por mil cortes. Vamos começar com uma das punições mais longas e aterrorizantes da história chinesa. Lingchi, que significa “corte lento” ou “morte prolongada”, foi usado na China por cerca de mil anos. Não se tratava apenas de execução; era uma demonstração pública concebida para humilhar, punir e enviar uma mensagem política clara. O condenado era amarrado a uma estrutura de madeira em uma praça pública. Então, pequenos pedaços de carne eram lentamente retirados com uma faca. Às vezes, centenas de pessoas assistiam enquanto os espectadores observavam. Em alguns casos, a pessoa era estrangulada durante o processo para diminuir a dor. Mas em outros casos, eles eram mantidos vivos por mais tempo, dependendo do crime ou do apetite da multidão. Uma das últimas vítimas documentadas foi Wong Wei Chin, executado em 1904 por assassinato. Repórteres estrangeiros e autoridades chinesas assistiram ao desenrolar da punição em uma cena meticulosamente encenada em Pequim. Naquela época, muitos acreditavam que uma pessoa precisava de um corpo intacto para a vida após a morte. Assim, além da dor, o Lingchi atacava também a alma. Foi finalmente proibida em 1905, mas durante séculos essa morte lenta e agonizante assombrou o imaginário do público.

Número dois: Escafismo, os barcos. Eis aqui uma história que é em parte fato, em parte pesadelo e, de qualquer forma, inesquecível. O escafismo, também conhecido como “os barcos”, tem origem em uma antiga história persa registrada pelo escritor grego Plutarco. É sobre um soldado chamado Mitridates que se gabava de ter matado um membro da família real. Seu castigo foi o puro horror: ele foi despido, colocado dentro de um barco oco e outro barco foi emborcado sobre ele. Apenas sua cabeça, mãos e pés estavam visíveis. Então, ele foi alimentado à força com leite e mel até ter diarreia. Mais leite e mel foram espalhados em sua pele. Moscas e insetos eram atraídos por ele, depositando ovos e comendo sua carne. Ao longo de vários dias, seu corpo apodreceu enquanto ele permanecia vivo. Plutarco afirma que Mitridates sobreviveu mais de uma semana nessas condições. Alguns historiadores acreditam que a história pode ter sido exagerada ou até mesmo usada como propaganda antipersa, mas o que está claro é que isso reflete o que os antigos consideravam o castigo máximo: ser devorado vivo até a morte, indefeso em público. Verdade ou mito, o termo “escafismo” ainda causa arrepios em quem o ouve.

Número três: Empalamento. Agora, vamos falar sobre um método tão horrível que se tornou um aviso gravado na história. O empalamento. Essa punição não se resumia apenas à dor; tratava-se de dar um exemplo aterrador. Apareceu em vários impérios, sendo bastante infame entre os assírios e com Vlad, o Empalador, da Valáquia, no século XV d.C. Esculturas assírias mostram rebeldes sendo empalados em longas estacas, às vezes vivos, às vezes logo após a execução. Esses relevos em pedra eram exibidos nas paredes do palácio para mostrar o que acontecia aos inimigos do Estado. Não era algo escondido; era o medo patrocinado pelo Estado. Séculos mais tarde, Vlad III utilizou a empalação em larga escala. Nos anos 1400, ele teria mandado empalar milhares de pessoas, principalmente prisioneiros otomanos, em estacas gigantes. Seus corpos alinhavam estradas e campos. Os viajantes disseram que o local era tão perturbador que exércitos inteiros deram meia-volta. Isso lhe rendeu o apelido de Vlad, o Empalador, e inspirou a lenda de Drácula. O empalamento podia levar horas ou dias para matar uma pessoa, dependendo de como era feito. A intenção era que a imagem permanecesse na memória e horrorizasse qualquer um que a visse.

Número quatro: Roda de despedaçamento. Em 1589, na Alemanha, um homem chamado Peter Stump foi amarrado a uma roda de madeira. Ele foi acusado de ser um lobisomem. Isso não é uma piada; está registrado. A roda não era apenas para exibição; era a arma. Os carrascos golpeavam seus membros com barras de ferro, uma após a outra, até que os ossos se quebrassem. Cada golpe fazia parte da sentença. Eles tinham uma tabela que indicava quantos golpes o corpo podia suportar antes de ser demais. Algumas vítimas eram posteriormente amarradas à roda, com seus corpos contorcidos em formas antinaturais, e então erguidas para que todos vissem um sinal de alerta humano. Esse castigo permaneceu por séculos. Na França, a roda ainda era utilizada no século XVIII; até Voltaire escreveu sobre isso. Por que os governantes o mantiveram? Porque funcionou, não como justiça, mas como medo. Ninguém esquece o som de ossos quebrando diante de uma multidão. E isso leva a algo ainda mais encenado. Não se tratava de um simples assassinato, mas de uma performance que envolvia todo o corpo, com os órgãos queimados enquanto a pessoa ainda respirava.

Número cinco: Enforcado, arrastado e esquartejado. Em 1283, Dafydd ap Gruffydd tornou-se o primeiro homem na Inglaterra a ser condenado à pena de enforcamento, arrastamento e esquartejamento. Seu crime, rebelar-se contra o rei Eduardo I, foi punido de forma inédita. O objetivo era enviar uma mensagem por todo o país. Eles não apenas o arrastaram pelas ruas; eles se certificaram de que ele ainda estava vivo quando a faca o abriu. Suas entranhas foram arrancadas e queimadas enquanto ele assistia. Então veio o machado: sua cabeça foi cortada e seu corpo foi dividido em quatro pedaços. Cada parte foi enviada para uma cidade diferente. Mas não parou por aí. Em 1660, mais de 350 anos depois, o major-general Thomas Harrison recebeu a mesma sentença por ajudar a matar o Rei Carlos I. Uma testemunha disse que ele sorriu enquanto lhe abriam o peito. Eles vieram para assistir; era público, barulhento e tinha o objetivo de impressionar. Era legal; os tribunais descreveram tudo, cada passo como uma receita. Eles oficializaram a crueldade. Mas o que acontece quando a crueldade se torna decoração? E se o próprio corpo fosse usado como uma tapeçaria?

Número seis: Esfolamento. Em 71 a.C., o rei assírio Senaqueribe conquistou uma cidade chamada Laquis. O que aconteceu depois ainda está gravado em pedra. Seus soldados capturaram os líderes inimigos e os esfolaram. A pele se desprendia em pedaços diante de seu próprio povo. Não se tratava apenas de dor; era sobre a mensagem. A pele era pregada nas paredes, pendurada em torres e, às vezes, enrolada em pilhas de pedras como troféus. O rei não escondeu isso; ele se gabou em uma inscrição real. Ele chamou isso de justiça. “Eu os esfolei”, diz a pedra, “e estendi suas peles sobre as paredes da cidade”. Essas esculturas agora estão no Museu Britânico. Elas têm mais de 2.700 anos, mas ainda falam mais alto do que qualquer livro. Não eram símbolos; eram instruções. Esse método também não foi esquecido; ele aparece em mitos, julgamentos e punições ao longo dos séculos, desde rituais astecas até execuções europeias. Aqui está a parte que a maioria das pessoas nunca ouve: alguns acreditavam que o esfolamento libertava o espírito; outros viam isso como a maior vergonha, uma alma arrancada da pele. Mas até que ponto um império iria para fazer o corpo sofrer publicamente? Não através do fogo ou de lâminas, mas forçando-o a se sustentar enquanto morre.

Número sete: Crucificação. Por volta de 71 a.C., a lei romana havia incorporado a crucificação ao seu repertório habitual. Naquele ano, após a revolta dos escravos de Espártaco, eles alinharam a Via Ápia com 6.000 cruzes, com corpos estendidos por quilômetros. Sem julgamento, sem atraso. Este método não dependia de ferramentas sofisticadas. Uma viga de madeira, alguns pregos ou cordas e a gravidade faziam o resto. A vítima era pendurada ao relento, sem abrigo, sem misericórdia. A morte vinha lentamente, não por causa dos ferimentos diretos, mas porque o corpo desistia: as pernas cederam, os pulmões colapsaram. Às vezes, levava dias. Os romanos o usavam como um outdoor; todos os viajantes viam o que acontecia. Não era raro; era rotina. Os cartagineses o utilizavam, os persas também, mas Roma transformou-o em teatro. Temos até provas físicas: o osso do calcanhar de um homem chamado Joanã foi encontrado em Jerusalém com um prego ainda preso nele. E sim, Jesus de Nazaré: sua crucificação tornou-se a mais famosa da história, mas ele era apenas um entre milhares. O símbolo perdurou, mas a dor foi compartilhada. E se essa dor fosse aprisionada dentro de um touro de metal e amplificada por meio do som?

Número oito: O Touro de Bronze. Essa história começa com um homem chamado Perilo. Ele construiu um touro oco de bronze e o levou ao tirano Fálaris da Sicília por volta de 570 a.C. A ideia era distorcida: uma pessoa seria selada dentro do touro e um fogo seria aceso embaixo. Enquanto a vítima gritava, o som ecoava pelos canos e saía pela boca do touro, transformando os gritos em algo animalesco, quase como uma música feita para aplausos. Já ouviu falar de um método de tortura que transformava gritos em espetáculo? Fálaris concordou em testar, mas fez de Perilo a primeira vítima. Essa parte vem de fontes antigas como Diodoro Sículo. Ainda se debate se isso realmente aconteceu, mas a imagem ficou gravada na memória. Com o tempo, o touro passou a aparecer em peças de teatro, histórias e avisos. Os gregos contavam essa história uns aos outros durante gerações. Há quem discuta se foi real ou mito, mas eis o que importa: isso demonstra como algumas sociedades conceberam a tortura não apenas para causar dor, mas também para fins de espetáculo. E isso nos leva a um método que não utiliza fogo nem metal, apenas um rato e uma caixa.

Número nove: Tortura com Ratos. Você só precisa de um ingrediente para começar este método: o medo. Todo o resto vem por consequência. A configuração era simples: um recipiente de metal, um rato dentro e uma vítima amarrada. O recipiente era colocado contra o estômago ou o peito. Em seguida, aplicava-se calor do outro lado. Os ratos não ficam parados quando entram em pânico; sem ter para onde ir, eles tentam fugir cavando para dentro do corpo através dos músculos e órgãos. Não se tratava apenas da Europa medieval; versões disso também surgem em ditaduras do século XX. É isso que torna essa prática difícil de rastrear: ela aparece em rumores da Inquisição, em prisões soviéticas e até mesmo em regimes latino-americanos, mas ninguém a incorpora à legislação. Isso era tortura nos bastidores, extraoficial. É difícil confirmar as datas, mas é fácil acreditar nesse medo. As pessoas se lembram da ideia mesmo quando os fatos se tornam confusos. Então, o que você faz quando não quer deixar provas? Quando você quer causar dor sem ter um corpo para enterrar?

Número dez: Tortura da Serra. Isso já não era uma ferramenta de carpinteiro. Houve casos de tortura com serra na Europa, no Oriente Médio e em partes do Norte da África. Era usado para inimigos do Estado ou da Igreja. A pessoa era pendurada de cabeça para baixo, com as pernas abertas. Dessa forma, o cérebro permanecia cheio de sangue, mantendo a vítima consciente por mais tempo. Em seguida, uma grande serra era arrastada lentamente através do corpo, de baixo para cima, frequentemente diante de multidões. Existe um motivo para histórias como essa aparecerem tanto em textos de mártires cristãos quanto em relatos de execuções reais. Uma história famosa conta que o apóstolo Simão foi morto desta forma. Seja verdade ou lenda, isso foi transmitido por séculos. No Marrocos, um homem chamado Laret teria sido executado assim no século XVIII, acusado de traição e apostasia. Não foi um processo rápido e não foi feito em particular; o objetivo era separar alguém de sua humanidade enquanto outros assistiam. Mas e se a dor viesse da gravidade, centímetro por centímetro, sobre uma pirâmide de madeira pontiaguda?

Número onze: Berço de Judas. Eis como funcionava: uma pessoa era despida e suspensa acima de uma pirâmide pontiaguda, o Berço de Judas. Lentamente, seu corpo era baixado sobre a ponta. Todo o peso pressionava contra uma extremidade estreita e afiada. Você não era cortado; você era forçado a se abrir. A dor não parava por aí: os guardas içavam e baixavam a vítima repetidamente, atingindo nervos e músculos. As vítimas muitas vezes ficavam penduradas por horas. A infecção vinha depois; às vezes a morte, às vezes apenas o colapso total. Não temos registros perfeitos de onde tudo começou; a maioria dos exemplos vem de museus de tortura e reconstituições, mas o conceito coincide com outros da época da Inquisição. Algumas pessoas acham que foi real; outros dizem que se baseia em descrições distorcidas ao longo do tempo. De qualquer forma, a mensagem era clara: a dor pode ser silenciosa e a vergonha pode causar tanto dano quanto a ferida física. Então, como quebrar uma pessoa usando um pedaço de madeira enquanto ela permanece imóvel? É como se estivessem cavalgando algo familiar, mas afiado para a agonia.

Número doze: Burro Espanhol. O burro espanhol parecia uma simples viga de madeira em formato de “V” invertido, mas tinha uma aresta afiada no topo. Os guardas obrigavam os prisioneiros a montá-lo. Alguns tinham pesos amarrados aos pés para puxá-los para baixo com mais força. Este dispositivo surgiu em toda a Europa nos anos 1500. Na França, chamavam-lhe chevalet. Na Espanha, os soldados usavam isso para punir uns aos outros como forma de disciplina, mas os tribunais também o utilizavam. Por quanto tempo alguém conseguiria sobreviver preso à viga? Às vezes horas, às vezes dias. A dor provinha da pressão lenta: nervos expostos, músculos dilacerados. A humilhação pública tinha um papel importante; às vezes, as vítimas eram levadas em marcha pela cidade sob o olhar atento da multidão. O que acontece com a sua mente quando todos estão observando você sofrer? Existe um museu em Toledo, na Espanha, que guarda uma réplica do burro. Serve para lembrar aos visitantes que até mesmo a madeira mais simples pode ser transformada em algo cruel. Quando a dor atingia o auge, outro aparelho aguardava na sala ao lado. Desta vez, um que esticava você até suas articulações cederem.

Número treze: A Roda (ou o Cavalete/Rack). Uma estrutura de madeira, cordas e uma manivela: foi só disso que bastou. A máquina de tortura que quebrava corpos em cortes reais e masmorras por toda a Europa. Se você estivesse amarrado a ela, seus pulsos e tornozelos seriam puxados em direções opostas. Cada giro da manivela fazia seus membros parecerem mais longos. Diziam que a dor começava antes mesmo de as articulações se deslocarem. Na Inglaterra da Rainha Elizabeth, a tortura foi usada para punir traidores religiosos. Guy Fawkes, envolvido na Conspiração da Pólvora de 1605, deixou sua assinatura para trás: uma marca fraca e instável após dias no cavalete. Os interrogadores queriam nomes, enredos e confissões; eles não estavam preocupados com as cicatrizes. Na França e na Espanha, funcionou de maneira muito semelhante. Algumas vítimas mal conseguiam andar depois; alguns nunca mais falaram. Até onde você iria para fazê-lo parar? As pessoas revelavam segredos, verdadeiros ou falsos, apenas para que a dor cessasse. O cavalete ganhou reputação; tornou-se a “Filha do Duque de Exeter” na Torre de Londres, como se fosse um ser vivo. No entanto, alguns torturadores usavam outro método que não deixava marcas visíveis: atiravam as vítimas de uma grande altura com os braços amarrados nas costas.

Número quatorze: Strappado. Uma corda, uma viga e o seu próprio peso: o strappado era simples, mas brutal. As mãos da vítima eram amarradas atrás das costas; uma corda era passada por uma polia e então ela era içada. A gravidade fazia o trabalho. Às vezes, as vítimas eram soltas e travadas bruscamente pouco antes de atingirem o chão. Ossos, ligamentos e nervos eram destruídos. A Inquisição Espanhola transformou o uso do strappado em arte. Galileu enfrentou a ameaça disso em 1633. Você não confessaria qualquer coisa? Mas isso não se aplicava apenas a nomes famosos; foi usado na Itália, na França e até mesmo no Império Otomano. Os tribunais o utilizaram durante séculos. A dor era aguda, mas havia também o medo antes da primeira queda. Os sobreviventes, por vezes, perdiam o uso dos braços para o resto da vida. As cicatrizes nem sempre eram visíveis, mas o dano permanecia. O strappado poderia ser repetido dia após dia. Agora, pense nisso: e se você pudesse torturar alguém com água? Sem facas, sem hematomas, e mesmo assim deixá-los aterrorizados.

Número quinze: Tortura com água (Afogamento simulado). Você não precisa de um aparelho sofisticado para a tortura com água; você só precisa de um pano e um balde. A vítima está amarrada; o pano é colocado sobre o rosto e a água é derramada sobre ela. O cérebro diz: “Não consigo respirar”. O pânico toma conta. Essa técnica remonta à Inquisição Espanhola, mas nos tempos modernos foi levada para prisões secretas da CIA após 2001. Até mesmo a expressão “afogamento simulado” deixa as pessoas nervosas. Os EUA usaram essa tática em prisioneiros como Khalid Sheikh Mohammed após o 11 de setembro. Médicos e advogados debateram se aquilo era tortura; muitos países dizem que sim. A sensação é de afogamento, mas sem água nos pulmões. A maioria das pessoas desiste em segundos. Versões anteriores obrigavam as vítimas a beber água até que seus estômagos quase explodissem. China, Japão e Europa já usaram isso. A dor era uma coisa, a humilhação era outra. Um registro da Espanha descreve um prisioneiro forçado a engolir grandes quantidades de líquido. Mas em alguns lugares, a tortura focava em esmagar ossos, não em afogamento, começando pelas pernas e terminando com gritos que a cidade inteira podia ouvir.

Número dezesseis: A Bota. Madeira, ferro ou couro: a bota esmagava os ossos, reduzindo-os a estilhaços. Na Escócia, as primeiras versões utilizavam couro cru embebido em água e aquecido até encolher, comprimindo o pé e a canela. A bota espanhola tinha placas de metal e cunhas cravadas entre os ossos. Na década de 1630, na França, supostas bruxas foram submetidas a isso. Os juízes decidiam quantas voltas do parafuso ou quantas marteladas seriam necessárias. Algumas confissões vinham antes da primeira cunha; outros perseveravam durante todo o período. O processo era lento; cada golpe aumentava a dor e a pressão para falar. Por que alguém confessaria algo que nunca fez? Imagine o tribunal, o eco do metal, a ameaça de algo pior. Uma bota do século XVII ainda se encontra no Museu da Tortura em Carcassonne, França: um aviso silencioso. Mas no sul, as autoridades usavam uma coleira de metal que estrangulava a vítima até que tudo ficasse escuro, tudo com um único giro.

Número dezessete: Garrote. Na Espanha, o garrote transformou a execução em um movimento mecânico. Era uma coleira de metal presa a um poste. O condenado sentava-se num banco com o pescoço dentro do aro enquanto o carrasco girava um parafuso por trás. A pressão esmagava a traqueia ou quebrava o pescoço. Simples, mas frio. Isso não era uma relíquia medieval: a Espanha utilizou o garrote até a década de 1970. Salvador Puig Antich, um jovem ativista, encontrou seu fim dessa maneira sob o regime de Franco. Os jornais publicaram suas últimas palavras. Nessa altura, o garrote era tanto um símbolo da ditadura quanto da morte. Às vezes, bastava apenas a ameaça: simulações de execução, aperto parcial ou a simples presença do dispositivo quebravam os ânimos nas salas de interrogatório. Juízes confundiram os limites entre execução e tortura, tudo sob a mesma lei. Existe um exemplar exposto no Museu do Prado, em Madri. Pense nisso: quão próxima está realmente essa história? Mas quando você deixava a terra firme, o castigo tinha suas próprias regras. O que faria a tripulação de um navio para manter o controle sem ter para onde fugir?

Número dezoito: Içamento pela Quilha (Keelhauling). Em alto mar, a autoridade reinava com cordas e medo. O keelhauling era o pesadelo de qualquer marinheiro. O primeiro registro legal que menciona isso data da época bizantina, por volta do século VIII. As marinhas holandesas revitalizaram a prática no século XVII. Imagine um marinheiro amarrado a uma corda, puxado por baixo do navio de um lado para o outro. As cracas no casco cortam como facas. Às vezes, os homens se afogavam; às vezes sobreviviam, mas cobertos de feridas e com os pulmões ardendo. Multidões se reuniam no convés. Em 1672, o almirante holandês Jan van Nes ordenou que seu cirurgião fosse arrastado pela quilha em frente a toda a frota. Alguns artistas até pintaram o evento, capturando o horror e o espetáculo. Isso era disciplina em sua forma mais extrema: sobreviva e você mantém seu emprego; reclame e talvez não tenha outra chance. A prática diminuiu no século XIX com a mudança na disciplina naval, mas a ameaça persistiu. Marinheiros fariam quase tudo para evitar isso. E quanto às punições que transformavam a pele humana em prova de vitória?

Número dezenove: Escalpamento. O ato de retirar o couro cabeludo não era apenas um clichê de filme; possui uma longa e complexa história. Tanto as tribos nativas quanto os colonizadores europeus na América do Norte praticaram e foram alvos de escalpos. Os governos às vezes pagavam recompensas: 50 dólares por “cabeça” na Massachusetts colonial, e às vezes mais. Essa política criou um mercado para a dor. Alguns grupos usavam o escalpelamento como um ritual antes da batalha, outros como humilhação final após a morte. Relatos missionários do século XVIII descrevem combatentes franceses, britânicos e nativos carregando tiras de pele como prova de vitória. Às vezes, a vítima ainda estava viva durante o primeiro corte. A propaganda distorceu essas histórias: os britânicos diziam que os franceses eram os selvagens; os franceses culpavam outros. Em quem acreditar quando todos querem parecer inocentes? Os pesquisadores agora afirmam que a história é mais complexa do que os antigos livros didáticos contavam. Naquela época, o ato de puxar o couro cabeludo era uma guerra psicológica tanto quanto física, transformando corpos humanos em moeda corrente. No entanto, algumas punições duravam para sempre, marcando a pele com ferro em brasa.

Número vinte: Tortura com ferro quente. Marcação e identidade visual: um ferro quente não é complicado. Aqueça o metal, pressione-o contra a pele e você deixará uma marca que nunca desaparece. Na Europa medieval, marcar ladrões punia os heréticos. Usava-se um “V” para voleur (ladrão) na França ou a letra “M” para assassinos (murderers) na Inglaterra. No século XIX, o Irã utilizava ferros aquecidos para punir crimes políticos. A dor era profunda, mas a marca deixava um rastro de sofrimento social para a vida toda. Imagine caminhar por uma vila com o seu crime estampado no rosto; sem segundas chances. Alguns tribunais usaram a marcação como primeiro passo: recusou-se a falar e o ferro era reaplicado, não para marcar letras, mas para causar pura dor. Um relato francês de 1750 descreveu a prática de marcar o acusado de forma tão severa que o levou à morte após dias de febre. Às vezes, o ferro fazia parte de algo maior: uma cadeira cheia de espinhos ou um trono feito para o sofrimento.

Número vinte e um: Cadeira de Tortura. Imagine uma cadeira pesada de madeira ou metal coberta por centenas de pontas afiadas. Este não era um assento comum. A cadeira de ferro teve origem na Espanha, Alemanha e Itália, usada dos anos 1500 aos 1800. As vítimas eram amarradas com força e qualquer movimento fazia com que os espinhos se aprofundassem ainda mais. Algumas versões tinham compartimentos embaixo para brasas, que assavam o prisioneiro lentamente. Essa tortura tinha tanto a ver com medo quanto com ferimentos; às vezes, os prisioneiros desabavam só de ver o dispositivo. No Museu de Cuenca, na Espanha, uma cadeira de ferro do século XVII ainda está em exposição. Os pesquisadores debatem com que frequência era usada; alguns exemplos foram apenas encenados, concebidos para chocar. Mas a ameaça era real. Para alguns, a cadeira foi um prelúdio: se a confissão não viesse, outras ferramentas estariam à disposição, como uma estranha fruta metálica que podia ser aberta dentro do corpo.

Número vinte e dois: Pera da Angústia. Nem todos os dispositivos infames foram usados com tanta frequência quanto as pessoas pensam. À primeira vista, a Pera da Angústia parece inofensiva: um objeto de metal liso com uma manivela. Mas quando a manivela gira, a “pera” se abre, revelando pétalas de metal afiadas. Dizem que era inserida na boca, no reto ou na vagina da vítima e depois aberta por dentro. Os exemplos mais antigos conhecidos datam do século XVII, encontrados em museus da Itália e Alemanha. Não existem registros judiciais sólidos que comprovem exatamente como ou com que frequência era usada. Alguns historiadores argumentam agora que a pera era, por vezes, uma ferramenta para silenciar ou mesmo para fins médicos, mas que mais tarde foi associada à tortura pela imaginação popular. Escritores da era vitoriana no século XIX adoravam imaginar a Europa medieval como um teatro de horrores, e esse recurso se encaixava perfeitamente na narrativa. Mas, seja qual for a verdade, a pera tornou-se um símbolo de dor oculta. Se uma tortura preferia o óbvio, buscavam garras de ferro para dilacerar a carne.

Número vinte e três: Aranhador Espanhol (Cócegas Espanholas). Eis um objeto fácil de imaginar, mas difícil de esquecer. O aranhador espanhol, também chamado de “pata de gato”, parecia um pequeno ancinho de ferro. Os carrascos rasgavam as costas, os braços ou as pernas da vítima. Às vezes, o metal era aquecido primeiro, agravando as feridas com queimaduras. As primeiras referências datam do final da Idade Média, mas ele surgiu em catálogos de tortura do início da era moderna em toda a Europa. Podia ser usado rapidamente ou como parte de uma sessão mais longa. Uma versão, conhecida como “arrancador de seios”, era usada contra mulheres acusadas de heresia ou adultério. Embora as evidências de uso em massa sejam escassas, o nome “cócegas” evoca um contraste sinistro: você “riria” até ver o sangue. Ferramentas que sobreviveram apresentam sulcos e manchas, mas poucos registros escritos descrevem o uso detalhadamente. Às vezes, bastava a ameaça. Mas quando as pessoas falavam demais, o próximo mecanismo visava justamente a boca.

Número vinte e quatro: Arrancador de Língua. Falar podia matar. Na Europa, entre os anos 1400 e 1700, falar demais significava correr grandes riscos. O arrancador de língua foi projetado para resolver esse problema. Parecia um conjunto de pinças ou tenazes de ferro. Às vezes, o metal era aquecido. O carrasco agarrava a língua e puxava, às vezes arrancando-a, às vezes apenas esmagando-a. Ordens judiciais oficiais para a remoção da língua aparecem em textos jurídicos na França, Alemanha e Rússia. As masmorras de Londres e York exibem hoje réplicas desses instrumentos. Registros mostram punições estatais para blasfêmias repetidas ou discursos perigosos. O dano era profundo: as pessoas perdiam a capacidade de falar e, com ela, seu lugar no mundo. Se você silencia a voz, controla a história. Às vezes, porém, tudo o que você precisa é de um pequeno parafuso e um dedo para quebrar a vontade de alguém.

Número vinte e cinco: Parafusos de polegar (Thumbscrews). Este dispositivo parece quase inofensivo, como um quebra-nozes ou uma morsa de oficina, mas para a pessoa do outro lado, significava uma experiência insuportável em segundos. O acusado colocaria um dedo ou o polegar entre as barras de metal. O torturador girava um parafuso, esmagando carne, osso e unha. Tribunais escoceses, franceses e alemães usavam parafusos de polegar desde o século XVI. Na Escócia, os pillywinks faziam até os rebeldes mais durões confessarem. Podiam ser usados repetidamente, aumentando a pressão a cada sessão. Em alguns registros, os prisioneiros desmaiavam de dor. Em outros casos, confessavam qualquer coisa, sendo culpados ou não. Museus em Dundee, Londres e Nuremberg ainda exibem exemplares originais. Às vezes, os instrumentos eram simplesmente mostrados ao suspeito para assustá-lo e fazê-lo falar.


Gostaria que eu fizesse uma análise histórica comparativa sobre qual desses métodos foi o mais utilizado legalmente em diferentes impérios?

 

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